É para sentar e lamentar
Sentado em uma bola do lado de fora do campo enquanto observava o treino de ontem, o técnico Renato Gaúcho parecia buscar soluções para os já conhecidos problemas do time. Na Taça Rio, o Vasco sofre de uma regularidade infeliz: em todas as partidas, sofreu dois gols. Apenas contra o Nova Iguaçu na vitória por 4 a 2 -, o ataque funcionou melhor do que a defesa.
- A equipe é jovem, e até por isso está tendo dificuldades para manter um resultado - admitiu Edílson, que ontem passou boa parte da tarde conversando com o técnico. - Renato está vendo tudo isso e vai ajeitar. Temos de acabar com esse negócio de sofrer gols no fim.
Ao contrário de Renato, que domingo afirmou que muitos dos erros do time passam pela falta de comunicação em campo, os jogadores preferem culpar a própria desatenção pelos últimos maus resultados.
- Tudo bem que não dá para ser perfeito durante 90 minutos, mas é preciso um pouco mais de concentração - pediu o zagueiro Jorge Luiz.
O lateral-esquerdo Diego, vaiado no empate com o Americano, acha que os jogadores não estão conseguindo executar o que Renato implora a eles durante as partidas: - Falta fazer o que Renato pede, que é segurar mais a bola na hora em que estamos ganhando.
O técnico está até agora sem entender a razão de o Vasco ter recuado no segundo tempo das partidas contra o Fluminense e o Americano.
Para Edílson, o problema está mais na cabeça do que nos pés: - Foi questão do psicológico. Depois que tomou o primeiro gol, o time quis defender o resultado e sofreu o risco de levar o empate.