Futebol

Dúvida em relação à escalação de Leandro Amaral intriga até médicos do Vasco

A enorme fila logo no primeiro dia de vendas antecipadas mostra que o Vasco vai enfrentar o Santos, no sábado, com casa cheia. Mas um mistério insondável continua rondando e atormentando muita gente em São Januário: afinal, qual é o estado de Leandro Amaral? Numa situação que começa a incomodar até os médicos do Vasco, o atacante treina normalmente, mas ninguém pode garantir sua escalação, porque ele reclama de dores no tornozelo esquerdo.

Um dia depois de o jogador ter afirmado que ainda sofre muito com as dores no local, ele treinou com desenvoltura ontem à tarde. O que, para o departamento médico, é um sintoma de que ele está recuperado da entorse e que teoricamente estaria em condições de ser escalado.

— Leandro Amaral não está mais no Departamento Médico — explica o médico Fernando Mattar. — Quando ele saiu do no departamento médico, passou para o Armando Marcial, que fez sua recuperação e agora está liberado para o Renato.

Como ele não reclamou de dores comigo e o Renato também não falou nada sobre ele, presumo que está tudo certo.

A preocupação dos médicos tem sentido. Ninguém quer ver algum jogador agravando contusão nessa reta decisiva para fugir da Segunda Divisão. Um dos casos é o Edmundo, que treinou ontem normalmente, mas com uma carga leve de exercícios, sob a orientação de Armando Marcial. Após o treino, ele foi a Ipanema se submeter a um novo exame de ressonância magnética.

— Como ele fez um edema, o exame vai nos dizer exatamente como ele está agora. Não queremos correr o risco de agravar uma lesão. Ele foi inteligente porque não forçou ao sentir a dor na coxa. Se tivesse forçado, certamente teria agravado o problema.

Com o resultado nas mãos, os médicos e Renato Gaúcho vão tomar a decisão em relação ao aproveitamento do atacante, que, pelo retrospecto, já que não é um jogador sensível à dor, não foge da raia.

Ao contrário, em geral, Edmundo tem de ser contido.

— Num jogo ele levou uma cotovelada de Júnior Baiano e suturei sua boca no intervalo.

Era o caso dele nem voltar para o segundo tempo, mas voltou — disse o médico Clóvis Munhoz. — Numa outra partida, levou outra cotovelada na testa, que abriu e sangrou.

Fiz uma proteção e, quando ele voltou a campo, a primeira coisa que ele fez foi dar uma cabeçada na bola exatamente no local que estava aberto. Por isso, quero dez Edmundos no meu time...

Venda de ingressos no primeiro dia é animadora Uma outra preocupação dos vascaínos é a lotação de São Januário, que no sábado terá auxílio de fiscais da Federação de Futebol do Rio. Foram postos à venda 23.500 ingressos.

No primeiro dia, foram vendidos 8.700, com uma grande fila em torno do estádio.

Outro motivo de reflexão em São Januário: onde colocar a torcida do Santos, historicamente rival dos vascaínos. A do Atlético-PR ficou nas sociais, mas o temor de tumultos ronda a decisão.

Fonte: O Globo