Futebol

Dorival Júnior solta o verbo contra a arbitragem brasileira

Parece que o técnico Dorival Júnior não esqueceu mesmo a sua visita ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A ocasião marcou tanto o treinador do Vasco que, em entrevista ao programa Só dá Vasco, da Rádio Bandeirantes AM, o comandante cruzmaltino não se conteve e botou a boca no trombone sobre o desempenho da arbitragem brasileira. Dorival fez questão de explicar a situação de um treinador de futebol. Para ele, saber se controlar na beira dos gramados é o obstáculo mais difícil a ser superado por um comandante. Para explicar, o técnico usou sua atitude na partida contra o São Caetano, que o levou a julgamento depois, como exemplo.

“Ao mesmo tempo que você está ali vivendo a emoção da torcida, tem que estar se controlando, porque você é o espelho da equipe. Em determinadas circunstâncias é impossível. Aí, você realmente chega a um limite. Acabou acontecendo isso comigo naquela partida com o São Caetano. Se eu pudesse, teria falado muito mais coisa”, disse Dorival. “Infelizmente, árbitros que eu sempre coloco como árbitros profissionais, que são aqueles que sabem como conduzir uma arbitragem, são os que acomodam um resultado quando precisa. Foi a atitude daquela partida (semifinal da Copa do Brasil, contra o Corinthians), e que fez com que nos tivessem tirado a possibilidade de uma decisão. É para vocês verem que a arbitragem do Brasil, infelizmente, compromete e muito”, declarou.

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O comandante disse que é inadmissível que um árbitro que tenha cometido um erro na partida anterior possa continuar apitando os jogos seguintes. O vascaíno lembrou ainda que vários treinadores já foram julgados nesta temporada e que qualquer coisa que se fale dentro de campo vai a julgamento.

“Ele (o árbitro) sai de um erro grotesco na quarta e apita uma decisão no domingo. Penaliza quem? Penaliza o clube e as comissões. Estou vendo toda hora treinador sendo julgado, porque é impossível você ir guardando, sem que possa exteriorizar alguma coisa. E o que é pior: na primeira reação que você tenha, qualquer coisa que você fale, está sendo punido. Para que eles possam registrar uma punição, têm que obrigatoriamente colocar alguma coisa que seja realmente ofensiva. Na grande maioria das vezes, não é aquilo que você disse. Você nunca vai me ver reclamando aqui de um impedimento, por exemplo. Eu joguei bola, sei como um árbitro está conduzindo uma partida. Eu sei quando ele está (...), não vou nem dizer manipulando, mas acomodando um jogo. A gente sente isso”, encerrou.

Dorival Júnior tem ficado no banco de reservas do Vasco por ter conseguido um efeito suspensivo no STJD. O treinador foi suspenso por 30 dias e aguardará de dentro de campo o julgamento em segunda instância, que ainda não tem data para acontecer. Enquanto isso, dirige um time que tenta a reabilitação no Campeonato Brasileiro da Série B. O Gigante da Colina enfrenta a Ponte Preta no próximo sábado, dia 11 de julho, em São Januário.

Fonte: Justiça Desportiva