Dorival ironiza punição: "Vamos fazer seis pontos a mais no returno"

Visivelmente decepcionado com a decisão do pleno de Tribunal de Justiça Desportiva, que manteve a punição ao Vasco com perda de seis pontos por ter utilizado o meia Jéferson na estreia da Taça Guanabara, no dia 24 de janeiro, o técnico Dorival Júnior foi irônico. Chateado, ele afirmou que o elenco vai precisar se concentrar ainda mais na Taça Rio para conseguir uma vaga na decisão sem voltar a ser prejudicado.

Minutos após tomar conhecimento da decisão do TJD, Dorival deixou o restaurante do hotel onde a delegação está hospedada em Teresina, no Piauí, para conversar com a imprensa. Apesar da situação, afirmou que o grupo vai sair fortalecido.

GLOBOESPORTE.COM: Você está decepcionado com o resultado do julgamento ou já esperava a manutenção da perda dos pontos?
DORIVAL JÚNIOR: Lamentável, mas fazer o quê? Foi tomada a decisão e temos que aceitar. Vamos continuar o trabalho, continuar lutando, e trabalhando para buscar o melhor para o Vasco. Vamos tentar manter a concentração dos jogadores para buscar o resultado no jogo contra o Flamengo-PI.

Você já decidiu se vai escalar os titulares no jogo contra o Flamengo-PI?
Em um primeiro momento vão os titulares para o jogo, mas ainda não está definido. Vou procurar ter um conhecimento do que vai ser feito a partir de agora. Vamos tomar uma decisão depois de uma consulta à diretoria. Vamos colocar o time que acharmos conveniente. Aqui existe profissionalismo.

Qual vai ser o próximo passo do Vasco em relação ao caso?
Juridicamente eu não posso responder, mas da nossa parte aqui vamos continuar trabalhando com dedicação, com a mesma postura que o time está mostrando e ter tranquilidade para fazer o trabalho. Vamos fazer seis pontos a mais para o segundo turno da competição, principalmente para nos precavermos em caso de uma necessidade.

Essa situação dá uma força maior aos jogadores?

Os jogadores precisam estar focados e fazer o melhor. Eles precisam saber que não vamos precisar ganhar os jogos apenas dentro de campo. Eles vão precisar fazer ainda mais para colocar o Vasco nas finais do segundo turno e buscar o título da competição.

Existe algum arrependimento de ter escalado o Jéferson naquela partida inaugural?
A gente se ampara em cima daquilo que o jurídico nos colocou. Até às 10h da manhã, a gente ia tirar o jogador. Era o que estava na minha cabeça até aquele momento. Quando cheguei ao hotel, me disseram que poderia jogar normalmente. Ele estava treinando, buscando um entrosamento com o restante do time, e decidimos colocá-lo em campo. A decisão foi tomada em conjunto com o departamento jurídico.

Você está decepcionado com essa situação?
Decepções no mundo da bola você tem a todo instante. Não vamos tirar o brilho de uma equipe que está se reestruturando. Nas duas competições seguintes, nós vamos depender apenas das nossas forças.

A decepção aconteceu por que essa eliminação aconteceu fora das quatro linhas?
Qualquer profissional se sentiria dessa forma como nós estamos nos sentindo. Os pontos foram conquistados em campo, não houve má fé, não houve dolo. Foi uma liminar concedida via fax, no mínimo estranho. O Vasco é grande suficiente para enfrentar mais essa situação. O clube vive um momento de dificuldade, mas com certeza, saindo disso tudo, vamos sair fortalecidos e o torcedor pode confiar que essa equipe vai dar alegrias.

Muitos torcedores acompanharam o julgamento do lado de fora do prédio do TJD. Qual recado você manda para eles?
Eles precisam continuar acreditando, continuem lutando, porque no segundo turno vamos fazer seis pontos a mais. Vamos ter a tranquilidade e estar nas finais do campeonato.