Futebol

Documentário acerca da Seleção de 50, com base vascaína, sairá em novembro

O documentário ‘Dossiê 50: Comício a Favor dos Náufragos’ chega aos olhos do público 63 anos depois da Copa  de 1950. Dirigido pelo jornalista Geneton Moraes Neto, o filme é um resgate da imagem dos brasileiros que estiveram em campo no dia do Maracanazo — nome dado à vitória uruguaia por 2 a 1 na final. Programado para ser exibido a partir de novembro, a obra toca em uma ferida ainda aberta no nosso futebol.

“O que eu quero com este filme é uma anistia ampla, geral e irrestrita aos derrotados de 1950. O que aconteceu naquele ano ultrapassou os campos de futebol. Foi um fenômeno sociológico, antropológico”, explicou o diretor, que cita Nelson Rodrigues ao tratar o episódio como “a bomba de Hiroshima brasileira”.

O documentário conta com os depoimentos dos jogadores titulares da Seleção, colhidos ao longo de muitos anos e extremamente reveladores, mostrando de fato a verdade sobre o que aconteceu dentro e fora de campo. Do goleiro Barbosa, injustamente culpado pela derrota, passando por Friaça, autor do gol brasileiro, Ademir, artilheiro daquela Copa com nove gols, e o uruguaio Ghiggia.

A lição que Geneton pretende passar com o filme fica bem clara nas palavras de Barbosa, cujo depoimento foi colhido em 1994. Para ele, aquele time, vice-campeão da Copa, levou a Seleção à sua primeira grande conquista no futebol mundial:

“No Brasil, a pena máxima por um crime é de 30 anos. Eu pago há 44 anos por um crime que não cometi”, disse o goleiro, que faleceu em abril de 2000.

Fonte: Extra