Dívidas da gestão Eurico Miranda podem emperrar parceria com a Eletrobrás
A negociação entre Vasco e Eletrobrás, que começou em outubro, pode estar perto do fim. Nesta quarta-feira, José Antonio Muniz, presidente da estatal, declarou, durante sessão da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que fez uma proposta de R$ 14 milhões por cada um dos quatro anos de contrato para o clube, que depende da quitação de uma dívida de um ano com o poder público para fechar o acordo.
A situação é semelhante àquela que viveu o Flamengo no início do segundo semestre, quando deixou de receber mensalidades da Petrobras. Endividado com a Prefeitura do Rio de Janeiro, o clube precisava, entre outras coisas, da quitação do débito para voltar a receber cerca de R$ 1,6 milhão por mês.
\"É uma notícia animadora para todos. O clube agora tem de apresentar uma documentação pertinente à negociação com uma estatal. É assim que vamos proceder daqui em diante\", disse José Henrique Coelho, vice-presidente de marketing do Vasco, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte.
O Vasco não divulga, no entanto, o tamanho do problema que tem em mãos. O levantamento das dívidas públicas deixadas pela gestão Eurico Miranda desde meados de 2007 já foi feito por Luiz Américo, vice-presidente jurídico do clube. O dirigente diz que não tem permissão para divulgar valores, mas diz que é possível superar a situação.
\"Já está tudo catalogado aqui, mas eu não tenho permissão para liberar essa informação. O que eu posso dizer é que só estávamos esperando o posicionamento da Eletrobrás para fazer o pagamento, que é viável, mas com muito esforço\", disse o dirigente.
Em outubro de 2007, os clubes brasileiros entregaram os documentos de reconhecimento de suas dívidas para o Ministério do Esporte, que parcelou os débitos com a Caixa Econômica Federal em troca da participação na Timemania e a liberação de uma certidão negativa de débito. Depois disso, porém, a administração Eurico Miranda teria acumulado mais dívidas, que invalidam o documento obtido no ano passado.
Ainda segundo José Henrique Coelho, a MRV, atual patrocinador do uniforme cruzmaltino, já foi avisada do acordo, que deve entrar em vigor logo após o fim do atual, que se encerra em 31 de dezembro. Dos R$ 14 milhões, cerca de R$ 1,8 milhões serão destinados aos esportes olímpicos e paraolímpicos.
Caso seja realmente fechado, o acordo entre Vasco e Eletrobrás vai ser o quarto maior do Brasil no momento, atrás de Corinthians (R$ 16,5 mi com a Medial Saúde), Flamengo (R$ 16,2 mi com a Petrobras) e São Paulo (R$ 16 mi com a LG) e logo à frente do Palmeiras (R$ 12 mi com a Fiat).
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