Discussão sobre redução do número de rebaixados na Liga Nacional avança
A primeira reunião entre clubes da Libra e Liga Forte Futebol teve mais consensos do que discordâncias. Isso levou ao aumento do otimismo para viabilizar uma liga de 40 clubes para as Sérias A e B do Brasileiro. E um dos pontos em que avançaram as discussões foi a redução do número de rebaixados no Nacional, de quatro para três.
No início da semana passada, dirigentes de clubes da Libra e da Liga Forte Futebol estiveram juntos em São Paulo. A intenção era aparar arestas para avançar com o projeto da Liga nacional conjunta, sendo que o maior ponto de negociação é a distribuição de receitas. Participaram Corinthians, Santos, Red Bull Bragantino, de um lado, e Fortaleza, Fluminense, Inter e Atlético-MG, de outro.
Na questão da distribuição do dinheiro, houve um avanço no conceito, mas ainda falta detalhar números. Ambos os grupos concordaram que seria desejável ter uma diferença de no máximo 3,5 ou 3,6 entre o clube que menos ganha e o que mais arrecada. Uma questão é que essa proporção pode ser um pouco mais alta se houver um grande número de times populares na Série B - isso aumentaria a fatia dos clubes de grande torcia em engajamento.
As equipes técnicas dos dois lados devem participar de uma reunião em breve para tentar aprofundar os números. Um ponto a ser debatido é o critério de engajamento - peso excessivo para audiência, pregado pelo grupo Forte Futebol, é questionado.
Houve ainda consenso sobre a governança dos campeonatos, com Conselhos das Séries A e B. E representantes da Libra repassaram os estatutos e atas de assembleias atualizados para o grupo Forte Futebol, que já tinha os documentos iniciais, mas houve modificações após discussões.
Um ponto em que não há concordância é sobre a divisão de receitas entre as Séries A e B. A Libra defende que seja 85% para a elite, e 15% para a Segundona. Baseia-se nos critérios de ligas internacionais. Já a Liga Forte Futebol queria uma fatia de 20% para a Série B, e 80% para a Série A.
Uma questão que teve concordância foi sobre o número de rebaixados. A maioria dos presentes concordou que seria ideal reduzir de quatro para três os times que caem para a Segundona como forma de criar uma estabilidade na Série A. Além disso, há a previsão de um paraquedas para as três equipes que caírem: teriam uma receita adicional para lidar com as despesas mais altas na Segundona.
Ainda não se discutiu como essa mudança ocorreria. Em princípio, o entendimento é de que basta os conselhos dos times das Séries A e B aprovarem para a alteração ser válida. Mas só há previsão de incluir a modificação para o início da Liga, que deve ocorrer em 2025.
Fonte: Coluna Rodrigo Mattos - UOL