Diretoria do Vasco ainda poderá ser destituída

Durou apenas algumas horas a decisão judicial que afastava o presidente Eurico Miranda da presidência do Vasco por desrespeito ao Estatuto do Torcedor. Na madrugada de ontem, a desembargadora Kátia Maria Amaral Jangutta suspendeu os efeitos da liminar que destituía toda a atual diretoria.

Em seu despacho, a desembargadora diz que a liminar foi expedida sem que a diretoria vascaína fosse ouvida e que não há urgência para que os dirigentes sejam destituídos antes de o processo ser definitivamente julgado.

Os advogados do Vasco agiram rapidamente. Ainda no final da noite de quarta-feira, pediram o efeito suspensivo da liminar. Pouco depois de 1h de ontem, a desembargadora, que estava de plantão, acatou a petição dos advogados.

A ação do Ministério Público contra o Vasco baseia-se no artigo 20 do Estatuto do Torcedor, que determina que haja no mínimo cinco postos de venda de ingressos em jogos de competições nacionais.

Ainda no despacho que suspendeu os efeitos da liminar, a desembargadora afirma que \"ao que tudo indica, foram disponibilizados vários pontos de venda de ingressos, com antecedência necessária\".

Mas o próprio site do Vasco indicava como pontos de venda apenas as sedes de São Januário e do Calabouço e o Maracanã.

O processo continuará tramitando na 4º Vara Empresarial do Rio e a atual diretoria cruzmaltina ainda pode ser destituída.