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Diretor demitido da Aracruz quer participar da gestão do Vasco

O ex-diretor financeiro da Aracruz Celulose, Isac Zagury, rejeita as acusações dos controladores da empresa de que tenha violado as normas de política financeira da maior fabricante de celulose do mundo. Na segunda-feira, ele foi acusado pelos principais acionistas de ter lesado o patrimônio da companhia em operação com derivativos cambiais que deu prejuízo de US$ 2,1 bilhões. Por isso, deve tornar-se réu em processo na Justiça comum do Rio.

Um mês após deixar o cargo, Zagury, que ficou internado por 15 dias com depressão, resolveu se defender. \"Nós mandávamos diariamente os valores de exposição (cambial) para o comitê de finanças, formado por um representante de cada acionista controlador (VCP, Safra e Lorentzen). Enviamos tudo, as operações contratadas pela empresa, os resultados até a data etc. Os conselheiros do comitê tinham a mesma interpretação que nós, ou seja, que o limite de exposição não havia estourado, senão eles teriam a responsabilidade de denunciar. Nenhum deles nesse período (até setembro) fez essa manifestação\".

Zagury, que fez longa carreira no BNDES, disse que o hedge cambial sempre foi política da Aracruz aprovada em conselho. Segundo ele, a empresa começou a fazer operações com derivativos no primeiro trimestre, com o sinal verde do comitê financeiro e do conselho. Zagury não tem planos profissionais de curto prazo. Aos 57 anos, pensa em se dedicar a uma de suas paixões, o Vasco da Gama. Em São Januário, ele poderá participar da gestão do clube.

Fonte: Valor Econômico