Diretor da CBF acha difícil adequar calendário inchado
A CBF divulgou nesta terça-feira o calendário de competições para 2013 e, para justificar as possíveis críticas pelo inchaço de competições e datas no futebol brasileiro, se defende pela grande antecedência da confirmação. Com Copa do Brasil estendida para oito meses e pausa de um mês no calendário para disputa da Copa das Confederações, em junho, o diretor de seleções da CBF, Virgílio Elísio, não vê chance de paralisar o Brasileirão em datas Fifa para amistosos - evitando assim os desfalques pela seleção.
Estamos publicando agora no fim de agosto, com oito meses de antecedência em relação ao próximo Brasileiro, e seis da Copa do Brasil, um padrão de antecedência maior que o Inglês. Seria impossível que nos amistosos da seleção o campeonato parasse. Só se conseguirmos que o ano tenha mais de 12 meses, teríamos que mexer na rotação do sol. Não tem mágica. Esse calendário não tem folga para nada, para pegar um dia que tenha jogo da seleção na Europa, disse, à Rádio Estadão/ESPN.
Os Campeonatos Estaduais com participação de muitos clubes, que prejudicam a pré-temporada, também são um problema sem solução no momento. No futuro, Virgílio Elísio promete conversas sobre a questão, mas ressalta que as competição nos principais estados são lucrativas aos clubes - os maiores prejudicados caso a fórmula de competição fosse alterada para contar com menos times e durar menos.
O Paulistão, por exemplo, é rico, bem patrocinado, põe recursos na mão de muitos clubes. O Carioca vem em segundo lugar, cresceu em faturamento. Há sempre um olhar de como compatibilizar interesses dos clubes em faturamentos. É um tema delicado, tenho imenso interesse em discutir isso, mas as dificuldades são grandes. O sistema futebol, a CBF, patrocinadores, emissoras, atletas, todo o sistema tem que sentar para discutir a questão, declarou.
É uma questão de estabelecer o ponto de partida. Pode ser esse: a seleção joga e não há nenhum jogo de Brasileiro. Já fazemos isso com jogos no Brasil. Quando a seleção joga não tem jogo no Brasil. Fora, tem. Não tem no Brasil no dia, mas tem na véspera. Evidente que compromete a convocação. É possível buscar essa solução, mas temos que mudar alguns pontos importantes, completou.
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