Diniz atrelou a goleada à expulsão e discute com repórter sobre pergunta
⚠️Fernando Diniz disse que a derrota por 5 a 0 do Vasco talvez seja a pior da carreira. O treinador afirmou que o resultado não pode passar "inocentemente" por ninguém e cobrou que o elenco tenha mais vontade de "fazer as coisas".
— Eu concordo que é uma derrota que não pode acontecer, isso fica para a história. Todo mundo triste, todo mundo decepcionado, a gente tinha que ter feito um trabalho melhor. O que que fica? Fica que a gente tem que aprender, como a gente aprendeu na Venezuela. A gente aprendeu na Venezuela e depois melhorou no campeonato. Então fica a dor da derrota. Temos que aprender com a dor. É uma derrota que não podemos admitir. Nem por 1 a 0, muito menor por 5 a 0. Isso é uma coisa que eu carrego. Ultimato para mim é todo dia, eu não trabalho me protegendo do futuro. Eu me arrisco, eu me decido.
— Já falei mais de uma vez: eu gosto do torcedor do Vasco, confio muito, gosto do Vasco, gosto do Pedrinho, continua tudo isso. O que aconteceu hoje é que tem que afetar, temos que pegar e ter mais vontade de fazer as coisas. Essa derrota não pode passar inocentemente por ninguém. Minha parte já estou fazendo, estou indignado com o 5 a 0. Completamente indignado. Talvez tenha sido a maior derrota da minha carreira também. Não estou nem um pouco feliz, pelo contrário. E essa indignação os jogadores têm que ter, isso que eu quero, indignação. Se você está indignado, eu concordo. Mas sobre as outras coisas que você vai acrescentando para colocar mais fogo na fogueira, isso não tem necessidade
Diniz atrelou a goleada sofrida à expulsão de Hugo Moura. O treinador discutiu com um repórter ao ser perguntado se o clube teria abandonado a partida ao escalar reservas.
— Não é abandonar, é priorizar. Não é abandonar. (Fizemos) assim como o Cruzeiro fez, como o Corinthians deve ter feito. Não foi abandonar. O jogo foi 5 a 0 e não foi uma condição natural do jogo, foi com um jogador a menos desde os 19 minutos do primeiro tempo. Se a gente joga com o time do jeito que estava quando tomou o primeiro gol, o jogo estava mais ou menos equilibrado, o Atlético estava um pouco melhor que a gente. Ninguém abandonou o jogo.
— Eu não acho que você fala pela torcida. O que eu tenho de resposta da torcida do Vasco é sempre contraditória àquilo que você traz para a entrevista. Não acredito que você é um cara fiel à torcida majoritária. Eu não percebo isso. Eu não acompanho rede social, não saio na rua. A gente encontra as pessoas, algumas coisas chegam para a gente. A visão que você traz ela é uma coisa que não representa o torcedor, não vejo você representar o torcedor do Vasco, muito pelo contrário.
Veja abaixo a resposta completa do treinador:
Discussão com repórter
— Eu tenho certeza que o torcedor está mais interessado (na Copa do Brasil) do que no nosso debate. Só estou usando a sua pergunta para tentar esclarecer para o torcedor. Eu vou contar uma história. Eu quis vir para o Vasco, eu gosto de estar no Vasco, eu gosto do presidente do Vasco, eu gosto da camisa do Vasco e estou dando a minha vida para ajudar o Vasco Acho que isso, de uma maneira geral, o torcedor percebe. Eu percebo isso no estádio, percebo isso na rua.
— Para usar a sua narrativa, que é uma narrativa sempre para jogar para baixo, esse mesmo time que perdeu com o Rayan ganhou de 6 a 0 do Santos no Morumbi e não teve ninguém expulso, ganhou de cinco do Inter recentemente, esse time fez quatro vitórias seguidas, esse time quebrou um recorde negativo de não ganhar do São Paulo no Morumbi acho que há 20 e poucos anos. Em determinado momento ele aspirou chegar num G-8 e estar na Pré-Libertadores. Esse é o mesmo time de hoje, que sofreu uma derrota que não é igual outras derrotas.
— A gente jogou com um time totalmente modificado e teve uma expulsão aos 19 minutos do primeiro tempo. Eu não estou tirando a importância de perder por 5 a 0, isso é uma coisa que todo mundo tem que sentir e sentir muito, estamos indignados. É isso que eu tenho para falar para o torcedor. Quando ganha de 6 a 0, se pegar minhas entrevistas não vai ter o teor diferente do que eu estou dizendo agora. Eu gosto de trabalhar e fazer o melhor que eu posso para os jogadores e para a torcida do Vasco. Espero que esse jogo ajude o Vasco a ficar mais forte para seguir na Copa do Brasil e dar alegria que a torcida merece
Fonte: ge