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Dinheiro arrecadado será dividido entre os funcionários do Colégio VG

Esclarecimentos sobre a utilização do valor arrecadado pela torcida vascaína

Em agosto, após notícias de greve e possível fechamento do Colégio Vasco da Gama, a torcida vascaína decidiu, às pressas, fazer uma vaquinha para manter o Colégio funcionando.

Como não poderia ser diferente, a meta foi atingida, e em 10 dias arrecadamos R$98.396,11.

Após a arrecadação, partimos para negociação com a diretoria do Vasco, buscando a viabilização do pagamento de salários. A participação do Vasco era essencial, já que os professores são funcionários do Club, e somente este poderia fornecer informações sobre valores de salários e demais verbas.

No dia 14 de agosto, nos reunimos com o Presidente Alexandre Campello, que propôs que a verba fosse utilizada na construção de um novo Colégio, alegando ser este um projeto do Club.

Afirmou, ainda, que quitaria o salário dos professores. Detalhamos isso em nota (encurtador.com.br/aPQSW).

Foi esclarecido que o dinheiro só seria destinado à reforma estrutural, caso os salários fossem colocados em dia, já que a intenção da campanha sempre foi clara: pagar os professores.

Porém, em 20.09.2019, transcorridos 40 dias do começo da campanha, Campello descumpriu sua promessa e se manteve inerte, sem quitar o salário dos professores e demais funcionários, que passam por extremas dificuldades financeiras.

Importante mencionar que, ao longo desses 40 dias abrimos diálogo em várias frentes, tentando resolver a situação da melhor maneira para os professores e pro Vasco.

Uma pausa para agradecer pessoas que tentaram construir pontes e não destruir: Adriano Mendes, VP de Controladoria, tentou da maneira que pôde nos ajudar. Mário Vassallo, diretor de Comunicação e Marcos Macedo, VP Social. Fica o agradecimento ao esforço pensando no melhor para o Vasco e os professores do Colégio.

Infelizmente, Campello manteve a posição de não reconhecer a mobilização da torcida vascaína, não aceitando o valor para pagar os salários, e consequentemente, quitar uma das dívidas do Vasco.

Houve a tentativa de acordo com a participação do sindicato, estendemos prazos combinados com professores, mas não houve consenso.

Após toda a argumentação, Alexandre Campello manteve sua recusa, alegando que não aceitaria o valor para quitar o salário apenas dos professores, pois seria criado um clima ruim entre os outros funcionários do Club que também estão sem receber. Clima ruim que já existe com tantos funcionários sem seus salários.

Registramos, aqui, a nossa repudia ao posicionamento da diretoria, uma vez que não foram apresentados argumentos consistentes para negar a ajuda dos torcedores, sobretudo se considerarmos a difícil situação financeira do Club. Havia a possibilidade, inclusive, de, a partir do sucesso desta iniciativa, outros torcedores se mobilizarem para arrecadar o pagamento dos salários de funcionários de outros setores, em dificuldade igual.

O que não aceitamos é saber que funcionários do Vasco estão em situação financeira precária, sem dinheiro, por exemplo, para pegar ônibus para trabalhar e para colocar comida em casa.

Essas pessoas possuem famílias, os filhos adoecem, os filhos estudam, os filhos fazem aniversário, a comida tem que estar na mesa todo dia, todas as obrigações devem ser pagas mensalmente, e não de 3 em 3 meses.

Não aceitar qualquer ajuda não é apenas uma atitude covarde, é desumana.

Assim, esclarecemos que, sem o consentimento do Club, empregador dos professores, não tivemos meios de pagar os salários, já que não nos foram disponibilizadas quaisquer informações sobre salários e demais verbas trabalhistas. Do mesmo modo, o pagamento dos salários não pode ser viabilizado pelo sindicato.

Neste contexto, conversamos com os professores e expusemos a situação. Em reunião com o SINPRO, professores e grupos envolvidos, optamos por repassar o valor como DOAÇÃO, a ser dividida entre todos os funcionários do Colégio. Faxineiros, inspetores, supervisores, todos vão receber uma parcela igualitária do montante arrecadado, ideia que partiu dos próprios professores e acatamos de prontidão, pois são todas as pessoas que mantém o Colégio funcionando, mesmo diante de tanta dificuldade. Cada um receberá R$2.799,09, valor igualmente dividido após comprarmos as camisas e descontando as taxas de transação bancária.

Solicitamos aos 31 funcionários do Colégio os documentos e comprovantes de vínculo empregatício com o Club, para não ter qualquer tipo de informação errada. Recebemos as informações nessa semana e começamos hoje o pagamento de 30 funcionários, sendo que, infelizmente, por toda a burocracia e inflexibilidade do Vasco, não conseguimos pagar o 31º funcionário, que veio a falecer nesta semana.

Na próxima semana, divulgaremos todos os comprovantes de pagamento, das camisas das recompensas, logística de entrega, impostos e demais detalhes.

Agradecemos imensamente a todos e todas que confiaram nessa campanha.

Vocês não podem mensurar o quanto o valor arrecadado será útil aos funcionários.

Nós agradecemos, os funcionários agradecem, o Vasco agradece.

O Vasco é gigante, e sua torcida, mais uma vez, demonstrou seu amor ao Club.

Fonte: Facebook Guardiões Da Colina