Dinamite teve apelido eternizado num Vasco x Inter
Rio de Janeiro: Nesta quinta-feira, o Vasco enfrenta o Internacional em São Januário, em confronto que reúne dos dois mais tradicionais times do país. Além disso, o duelo entre cruzmaltinos e colorados já propiciou histórias marcantes do nosso futebol. Uma delas envolve o atual mandatário do clube da Colina, Roberto Dinamite, que teve o apelido eternizado pelo Jornal dos Sports justamente após uma partida entre as duas equipes.
Em 1971, na primeira edição do Brasileirão, o Vasco enfrentava o Internacional pela segunda fase da competição. O garoto Roberto, então com apenas 17 anos, começou a partida no banco, mas foi chamado pelo técnico Admildo Chirol para substituir o ponta-esquerda Gilson Nunes.
Pouco depois de entrar, já com marcador de 1 a 0 para os cruzmaltinos, o centroavante recebeu, aos 27 minutos do segundo tempo, uma bola na intermediária, fez fila na defesa colorada e soltou a bomba indefensável na saída do goleiro Gainete.
Foi o suficiente para o JS abrir manchete na edição seguinte à partida: Garôto-dinamite explodiu, conforme a grafia da época. Estava consagrado o apelido, criado dias antes pelos jornalistas Eliomário Valente e Aparício Pires.
Naquela partida curiosamente também jogada numa quinta-feira o Vasco alinhou Andrada; Haroldo, Miguel, Renê e Alfinete; Alcir, Buglê e Benetti (Jaílson); Luis Carlos, Ferretti e Gilson Nunes (Roberto). Já os colorados, treinados por Dino Sani, perderam com Gainete; Bira, Pontes, Flávio e Edson Madureira; Carbone e Paulo César Carpeggiani; Valdomiro, Claudiomiro (Bráulio), Sérgio e Dorinho (Arlém).
Aquele seria o primeiro dos oito gols que o Dinamite maior artilheiro da história do confronto em partidas oficiais marcaria contra os gaúchos. Em outras atuações memoráveis, Roberto marcaria os três da vitória vascaína por 3 a 1 em 1974 (ano do primeiro título nacional do time da Colina); outro no empate em 2 a 2 pelo quadrangular final do mesmo torneio; mais dois na goleada de 4 a 0 em 1981 todos os jogos no Maracanã; e mais um no empate em 2 a 2 no Beira-Rio em 1985. (E.V.)
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