Dinamite repete presidente do Urubu com derrota nas urnas
E a cena se repetiu. Dois anos depois de Patrícia Amorim ver sua carreira política ruir tanto no setor público quanto no Flamengo, Roberto Dinamite trilhou o mesmo caminho e terá um fim de 2014 com duras derrotas nas urnas, que encerram suas gestões no Vasco e na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Tentando se reeleger novamente após cinco mandatos como deputado estadual, Dinamite, que era um dos mais faltosos da Alerj, teve um desempenho na eleição deste ano considerado um fracasso. Candidato pelo PMDB, ele obteve apenas 9.452 votos. Números pífios em comparação aos anos em que venceu: 1994 (68.516 votos); 1998 (44.993 votos); 2002 (53.172 votos); 2006 (49.097 votos) ; 2010 (39.730 votos).
O peso de acumular dois rebaixamentos em cinco anos com o Vasco contribuíram para a perda de seu eleitorado, formado, em sua grande maioria, por cruzmaltinos. No clube, aliás, Dinamite também sofreu um duro golpe. Em agosto, seu mandato como presidente se encerrou e, com o adiamento da eleição vascaína para novembro, uma votação foi organizada pelo Conselho Deliberativo para decidir pela extensão de seu mandato ou não. Nela, o dirigente saiu derrotado, com uma diretoria transitória sendo nomeada para fazer uma gestão "tampão". Roberto, porém, foi amparado por uma liminar da Justiça que o mantém no cargo até o momento.
Patrícia Amorim, em 2012, vinha de três mandados consecutivos como vereadora do Rio de Janeiro. Naquele ano, tentou a reeleição, mas obteve apenas 11.687, insuficientes para continuar no cargo. No fim daquela temporada, ela ainda perdeu o pleito presidencial do Flamengo para a atual diretoria, comandada por Eduardo Bandeira de Mello.
Roberto Dinamite foi procurado pelo UOL Esporte para comentar quais eram os seus planos para o futuro, sem o mandato de presidente do Vasco e de deputado estadual. Através de sua assessoria de imprensa, no entanto, o mesmo alegou não querer conceder entrevistas.
Nesta segunda, um dia depois da derrota nas urnas, suas redes sociais, que fizeram uma campanha política maciça nos últimos meses, já não carregavam mais os posts com este cunho. Seu site oficial ficou fora do ar.
Fonte: UOL Esporte