Dinamite lembra retorno ao Vasco em jogo com cinco gols
Rotulado por muitos como o maior jogador da história gigante do Vasco da Gama, Roberto Dinamite tem números que, por assim dizer, fazem jus a esse “título”: atleta que mais vezes vestiu o uniforme cruzmaltino, o ex-camisa 10 é o maior goleador da história do Campeonato Brasileiro e Carioca, com 190 e 279, respectivamente. Muitos desses, no Maracanã. Ao menos 5 dos quase 200 foram na mesma partida contra o Corinthians, pelo Brasileiro de 1980, jogo que reafirmou seu retorno após breve passagem pelo Barcelona, da Espanha.
— Essa vitória por 5 a 2 sobre o Corinthians com a felicidade de marcar os 5 gols foi a materialização do meu regresso ao Vasco. Foi a volta para casa, para o meu time, para o Maracanã. É uma alegria imensa até hoje poder recordar esse momento — disse o também ex-presidente do clube durante os anos de 2008 a 2013.
Cria de São Januário, o Maracanã foi palco de diversas partidas em que atuou. Seja pela Seleção Brasileira, seja em muitos dos 1110 jogos em que vestiu a camisa cruzmaltina. O ex-jogador tem para com o local uma relação muito próxima; não somente o Maraca marcou a história de Roberto, como Dinamite também deixou seu nome gravado no estádio. Foi lá, por exemplo, que o craque fez um dos gols mais bonitos de sua carreira, em 1976, contra o Botafogo, em lance que recebeu cruzamento na entrada da área, deu um lençol em Osmar, zagueiro adversário, e, sem deixar a bola cair no chão, estufou as redes com um belo voleio.
— O Maracanã representa o início, o meio e o final da minha trajetória como jogador; o começo lá em 71, 72, a minha chegada aos profissionais, fazendo gols, ganhando o apelido de Dinamite, o que carrego com carinho até hoje. Os belos gols, como aquele contra o Botafogo. A volta triunfal já citada contra o Corinthians; conquistas de títulos, o primeiro Brasileiro do clube, no qual fui artilheiro, tudo isso tendo o estádio como palco — comenta o ex-atacante.
Dinamite ressalta que as emoções vividas há algumas décadas ainda são sentidas por ele, como se pudesse regressar àqueles momentos em que era protagonista num grande espetáculo
— Lembro do que sentia já no túnel de acesso, podendo sentir o calor da torcida. Casa cheia, sem nenhum espaço vazio e a presença de mais de 100 mil torcedores. Apesar de afastados geograficamente, o ato de torcer que fazia quase que por unir Geral e Arquibancada, como se fossem uma coisa só, dando a impressão que o Maracanã não era mais um local: era uma Coisa; algo vivo que pulsava. E pulsava junto conosco — relata Dinamite.
Fonte: Extra OnlineMais lidas
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