Dinamite faz jogo duro para liberar São Januário para o Flu
A despedida de Pedrinho, no último domingo, em São Januário, levantou a primeira poeira do Campeonato Estadual, que começa no próximo fim de semana. No amistoso contra o Ajax, que marcou o adeus do apoiador, ficou evidente a péssima condição do gramado, cheio de areia. Após o bombardeio das críticas ao estado do campo, o presidente Roberto Dinamite mostra-se contrariado em abrir suas portas para o Fluminense, com estreia programada para São Januário, domingo, contra o Nova Iguaçu, às 17h.
- Vai ter jogo em São Januário? É mesmo? Não estou sabendo. O Fluminense e a Federação ainda não me avisaram isso - disse Roberto, ao blog Extracampo. - Não basta estar escrito na tabela, não. O Vasco tem que ser comunicado oficialmente - acrescentou.
E não ficou nisso. Ao encontrar o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, na noite de segunda-feira, num evento em São Paulo, Roberto fez questão de avisá-lo que não havia sido informado sobre o jogo em São Januário. Peter, elegante, evitou um constrangimento maior: assistindo à despedida de Pedrinho pela televisão, ficara estupefato com a péssima condição do gramado, e chegou a consultar o diretor-executivo Rodrigo Caetano sobre a possibilidade de transferir a partida para outro local.
- Não podemos jogar naquele campo - disse Peter.
Rodrigo Caetano, porém, garantiu que a partida contra o Nova Iguaçu será mesmo em São Januário:
- Não há mais tempo para mudar. Está muito em cima - alegou.
- Mas o Estatuto do Torcedor permite a mudança em algumas circunstâncias, não? - insistiu Peter.
Rodrigo Caetano não somente ratificou que o Fluminense jogará em São Januário, como discordou da tese de Roberto Dinamite de que o clube deveria avisá-lo sobre o uso do estádio.
- Foi a Federação que decidiu e marcou. Não foi o Fluminense - encerrou o executivo do Tricolor.