Dinamite faz balanço de sua gestão à frente do Vasco
No próximo dia 28 de junho, Roberto Dinamite completa três anos na presidência do Vasco. A continuidade do trabalho ainda é um mistério, afinal, as eleições, inicialmente, estão marcadas para 2 de agosto. No entanto, já dá para dizer que o maior ídolo cruz-maltino teve um mandato vitorioso no Gigante da Colina.
Depois de anos conturbados, inclusive com a queda para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, vieram a volta triunfal à elite nacional, em 2010, e o feitos mais importantes: o inédito título da Copa do Brasil, confirmado na noite desta quarta-feira, em cima do Coritiba, e a consequente vaga na Copa Libertadores do ano que vem, torneio que o Vasco não disputa desde 2001. Além disso, o mandatário quebrou um incômodo jejum de títulos que já durava oito anos, desde a conquista do Campeonato Carioca de 2003.
Nesta entrevista exclusiva para O TERMINAL, o presidente Roberto Dinamite faz uma análise de sua administração, ressalta o legado deixado para o clube ou melhor, para a torcida, como o próprio prefere e comemora o retorno do time de São Januário ao primeiro plano do futebol brasileiro.
Confira:
Balanço da administração
Tivemos um início difícil. Foi preciso fazer um inventário da situação e traçar um plano. Sabíamos que, diante da gravidade do quadro, os resultados não viriam logo. Mas, hoje, posso dizer que melhoramos muita coisa.
Legado para o Vasco
Não diria para o Vasco, mas para a sua torcida, que, no fim das contas, é o nosso alvo maior. Nosso principal legado será um Vasco saneado financeiramente, de volta às suas glórias e conquistas, onde o torcedor sinta orgulho em vestir a camisa cruz-maltina, e que ele volte a ser sócio e lote os estádios cheio de esperança.
Da Segundona para Libertadores
A sensação é a melhor possível. Como eu disse no início, tivemos um começo muito difícil. Encontramos um clube endividado e sem receita. Havia um caos tão grande, que precisamos de alguns meses só para traçar metas. Mas, graças a Deus, estamos conseguindo. Ver o Vasco hoje disputando a final de um campeonato nacional é um prêmio a todos nós (diretoria, atletas e comissão técnica) pelo esforço que fizemos para acertar as coisas.
O céu é o limite?
O Vasco pode chegar ao topo onde já chegou várias vezes nesses mais de 100 anos de existência. É para isso que estamos trabalhando.
Título é a cereja do bolo?
Para o meu trabalho, não. O mérito é de todos os que me ajudaram a chegar até aqui. Trouxe do futebol uma experiência que vou levar para o resto da minha vida: sozinhos não somos nada. Recuperar um clube da grandeza do Vasco exige trabalho de equipe. É preciso que todos se deem as mãos.
Ídolo x presidente
Eu separo bem as duas coisas. Como ídolo, minha função era ajudar o Vasco dentro de campo e acho que cumpri o objetivo. Agora, como presidente, procuro servir ao clube dando o melhor de mim como gestor, procurando realizar uma gestão vitoriosa, com planejamento e dedicação.
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