Futebol

Dinamite e Mandarino divergem sobre Ocimar Bolicenho

A escolha do substituto do executivo Rodrigo Caetano voltou a colocar em pontos opostos o presidente do Vasco e seu vice-presidente de futebol.

Roberto Dinamite e José Hamílton Mandarino divergem frontalmente quanto ao futuro do futebol vascaíno.

O \"mandatário-mor\" quer um profissional com menos poderes gerenciais, e o responsável pela pasta opta por um perfil mais sólido.

Trocando em miúdos:

Roberto quer Ocimar Bolicenho, ex-presidente do Paraná e gerente demitido do Atlético-PR no meio do ano _ experiências pra lá de mal-sucedidas.

Mandarino prefere Newton Drummond, hoje executivo do Vitória, que já levou o Internacional-RS ao Mundial de clubes.

Se não houver intervenção de conselheiros e beneméritos do clube, deve prevalecer a vontade do presidente.

O que, por si só, deixa a torcida vascaína de cabelo em pé.

Roberto Dinamite não tem o menor traquejo e um mínimo de competência executiva para a gestão do futebol.

Basta ver suas desastrosas \"colaborações\" no comando da pasta.

A começar pela nomeação de Manoel Fontes, o Neca, e Carlos Alberto Lancetta, dupla que desmontou o departamento então comandado por Paulo Angioni.

E a terminar com descabida contratação de um inexperiente Tita para conduzir o time que se esfacelava rumo à consolidação do rebaixamento em 2008.

Desde então Mandarino assumiu a vice-presidência, profissionalizando a gestão com a adoção de um modelo organizacional específico para a pasta.

E recolocou o Vasco no prumo, embicando-o para as grandes conquistas.

Roberto, porém, assustado com as cobranças para uma assepsia nas divisões de base, declinou do projeto de revitalização plena.

E agora, com a saída até hoje mal explicada de Rodrigo Caetano, o presidente decidiu voltar a ditar as regras no futebol.

Como o regime é presidencialista, Roberto tem mesmo todo o direito de, em última instância, deliberar sobre as escolhas estratégicas.

Mas, interessante seria, neste momento, que viesse a público a expor as razões para contratação de um gestor com resultados tão inexpressivos.

Aliás, de quebra, poderia explicar também detalhes do contrato,ainda nebuloso, para a utilização do CT do empresário Pedrinho Vicençote...

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