Dimitri Payet: 'Sem o Vasco, eu estaria morrendo lentamente'
Pouco mais de seis meses desde sua chegada ao Vasco, o meio-campista Dimitri Payet se mostrou contente com sua experiência no Brasil. Em entrevista ao jornal francês L'Équipe, o jogador de 36 anos, apesar de estar distante de sua família que permanece em Marselha, revelou que está se divertindo em solo brasileiro e agradeceu ao clube cruz-maltino pela oportunidade em um momento muito difícil.
Payet conta que sua saída do Olympique de Marselha fez ele parar de jogar futebol. Em julho do ano passado, a diretoria do clube francês decidiu não renovar o seu contrato e, após sete temporadas seguidas, o meio-campista se despediu de Marselha. Durante sua última coletiva no Estádio Velódrome, Payet não segurou a emoção e foi às lágrimas.
— Não, o divórcio (com o OM) não foi digerido. Honestamente, a ferida nunca vai sarar. A separação foi brutal e muito difícil para mim. Depois, você tem que conviver com isso. Quando cheguei (no Brasil), eu estava no chão. Foi difícil. Na minha cabeça, eu não via onde poderia me recuperar. Obrigado ao Vasco e à torcida que me ajudou a levantar. Foi o amor deles que me salvou. Sem o Vasco, eu estaria morrendo lentamente — afirmou Payet.
Na época, o clube de Marselha lhe ofereceu um emprego caso decidisse se aposentar, mas o jogador prontamente recusou por acreditar que ainda tinha bola para jogar. Contudo, a difícil saída do Olympique de Marselha o fez pensar em encerrar a carreira porque ele não sabia onde iria jogar.
— Sim, pensei em encerrar minha carreira. Porque eu não via onde poderia ir. Na Ligue 1? Impossível! Não queria ir para um clube sem pressão ou sem ambição. Eu queria um clube quente, onde as pessoas me odiassem se eu não fosse bom. Então, para mim, acabou. Eu me vi preso — revelou.
Sonho com os Jogos Olímpicos
Durante a entrevista, Payet também se colocou à disposição do ídolo francês Thierry Henry, técnico da seleção olímpica francesa, para disputar os Jogos Olímpicos de Paris. Pela seleção principal, o meia disputo a Eurocopa de 2016, onde a França ficou com o vice-campeonato, e ficou de fora da Copa do Mundo de 2018 por conta de uma lesão na véspera da competição.
— Só há três vagas. Estou à disposição da França. Sei o que é jogar uma Eurocopa no meu país e foi extraordinário. Por outro lado, não sei como é competir nas Olimpíadas. Como francês, adoraria ter essa experiência. Eu gostaria disso, sim. Estou à disposição da seleção francesa, seja ela qual for. Veremos. Há um treinador que vai fazer as suas escolhas, estou confortável com isso — disse.
No Vasco desde agosto do ano passado, Payet disputou 26 jogos com a camisa cruz-maltina, marcou quatro gols e deu seis assistências. Nesta temporada, o jogador francês se mostrou mais adaptado ao futebol brasileiro, se destacando ainda mais no clube carioca.
Fonte: Agência O Globo