Torcida

Diego Souza se irrita com torcedor das sociais

Claro que o 1 a 1 de ontem, em São Januário, no primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, não era o resultado dos sonhos do torcedor do Vasco. No entanto, dadas as circunstâncias do jogo, há um alento.

O que poderia ser um verdadeiro desastre, mudou de figura aos 48 minutos do segundo tempo, quando Diego Souza, de pênalti, fez o gol do Vasco e evitou uma derrota que se desenhava.

Na outra semifinal, em Fortaleza, Coritiba e Ceará ficaram no 0 a 0.

Na próxima quarta-feira, na Ressacada, em Florianópolis, um empate em 0 a 0 classificará o Avaí. O Vasco vai precisar vencer ou empatar em dois ou mais gols. De forma mais precisa do que os números, o tom das declarações pós-jogo mostram que o empate caiu melhor para os catarinenses em São Januário.

— O resultado foi bom. Eles vão ter que correr muito lá para ganhar da gente, fazer gol — disse William, atacante do Avaí.

— Estava muito complicado, mas melhorou com o gol. As coisas são difíceis, a gente sabia que seria assim — disse o vascaíno Diego Souza.

Diante de um rival que começou tenso, o Vasco teve o momento do jogo no início. No primeiro minuto, em jogada de Éder Luís e Alecsandro, Diego Souza, com o goleiro batido, chutou na direção do gol mas Marcinho Guerreiro salvou sobre a linha.

Aos poucos, uma armadilha se apresentava e o Vasco ameaçava cair nela. Num estádio cheio, sentia-se obrigado a matar o jogo diante de um adversário organizado e que, sempre pela esquerda, nas costas de Allan, encontrava o contra-ataque pelos pés de Julinho. Numa de suas jogadas, cruzou para William quase marcar.

Mais tarde, chutou direto para fora.

Estes espaços, mais tarde, custariam caro ao Vasco. Antes do intervalo, Felipe até assustou num chute de longe, mas a sensação de um jogo controlado já não existia mais, o que era preocupante.

Gols no segundo tempo O Vasco do segundo tempo tentou repetir o ímpeto inicial do primeiro e viveu seu melhor momento na partida.

Assustou aos oito minutos, com o chute de Diego Souza que raspou a trave.

Depois, em passe de Felipe para Alecsandro ser travado pelo goleiro Renan.

No entanto, aos poucos, o time parava de criar e o Avaí, novamente, encontrava o cenário que esperava para tentar surpreender: o contra-ataque.

E quase sempre com Julinho batendo Allan. Aos 19, ele cruzou e Marquinhos Gabriel chutou contra o corpo de Anderson Martins. Aos 22, William cabeceou e obrigou Fernando Prass a uma defesa com cara de milagre. Aos 35, veio o golpe que parecia fatal. Julinho driblou Allan, escolheu o chute cruzado e venceu Prass.

Ricardo Gomes tinha um ataque novo, com Bernardo e Élton nos lugares de Éder Luís e Alecsandro. E foi num lance com Élton que surgiu o gol que pode parecer salvador. Gustavo Bastos puxou Élton na área e Wilson Seneme viu. Diego Souza cobrou bem e fez o gol de empate. Um certo alívio em São Januário. Mas também uma evidente tensão, traduzida nos xingamentos do meia contra as cadeiras sociais durante a comemoração. A decisão será em Florianópolis.

Vasco: Fernando Prass, Allan, Dedé, Anderson Martins (Douglas) e Ramon; Jumar, Felipe Bastos, Felipe e Diego Souza; Éder Luís (Bernardo) e Alecsandro (Élton). Avaí: Renan, Revson, Bruno e Gustavo Bastos; Felipe (Robinho), Marcinho Guerreiro, Acleisson, Marquinhos (Gustavo) e Julinho; Marquinhos Gabriel e William (Maurício). Juiz: William Luis Seneme (SP). Cartões amarelos: Gustavo Bastos e William. Renda: R$ 501.960. Público: 15.823 pagantes.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal O Globo)

Fonte: Jornal O Globo