Dia do Goleiro: F. Miguel relembra grandes nomes que passaram pelo Vasco
A posição menos glamourosa do futebol é a do goleiro. Existe um ditado que onde ele pisa, não nasce grama. No entanto, a importância do camisa 1 é enorme nos grandes times. E no Vasco não é diferente. Neste Dia do Goleiro, o Cruzmaltino relembra os grandes ídolos que teve na história, como Fontana, Barbosa, Andrada, Mazaroppi, Acácio, Carlos Germano, Helton, Fernando Prass e Martin Silva. Atualmente, o dono da posição é Fernando Miguel, que falou com o Site Oficial sobre as referências que ele se lembra no Cruzmaltino.
- Acho que a história de goleiros do Vasco é farta. Desde o Barbosa, até Acácio, Carlos Germano, Fábio, Hélton, Fernando Prass, o próprio Martin que estava aqui com a gente recentemente tem muitos goleiros que marcaram uma geração. Eu posso citar de uma maneira mais específica o Carlos Germano, que foi o goleiro que eu mais vi. Acompanhei muito ali na minha adolescência, foi uma geração muito vitoriosa e uma que vi com meus próprios olhos. São grandes goleiros e eu tenho muito orgulho de poder vestir uma camisa tão tradicional e que tantos grandes goleiros que passarão por aqui vestiram - disse o atual camisa 1.
O primeiro foi José Fontana, o Rei, que defendeu o gol vascaíno entre 1933 e 1938, vencendo os Cariocas de 34 e 36. Considerado o maior ídolo da posição foi Moacir Barbosa do Nascimento, que chegou em 1945 e participou do histórico Expresso da Vitória, ganhando o Sul-Americano de 48, seis Cariocas, um Torneio Quadrangular do Rio, um Torneio de Santiago do Chile e um Torneio Rio-São Paulo. Depois dele, quem marcou época na posição foi o argentino Egard Norberto Andrada, que se destacava por suas defesas milagrosas, com muito reflexo e boa colocação. Em São Januário, Andrada levantou o primeiro título Brasileiro, em 1974, e o Carioca de 70.
Nas décadas de 70 de 80, quem marcou época com um recorde mundial foi Geraldo Pereira de Matos Filho, o Mazaropi. Ele chegou ao clube em 70, nas categorias de base. Virou banco de Andrada em 73 e ganhou a vaga após a saída do argentino, dois anos depois. Levou o Brasileiro de 74, no banco, os Cariocas de 77 e 82 e entre 77 e 78 ficou 1816 minutos sem levar gols. Seu substituto foi Acácio Cordeiro Barreto, que dominou a posição por praticamente toda a década de 80, conquistando os Cariocas de 82, 87 e 88, além do Brasileiro de 89, o Ramón de Carranza em 87, 88 e 89. No ano de 1988, Acácio ainda ficou 879 minutos sem sofrer gols.
Se Acácio dominou a posição na década de 80, em 90 o nome do gol vascaíno foi Carlos Germano Schwambach. Segundo jogador que mais atuou pelo Vasco, com 632 partidas, Germano defendeu o Vasco entre 1991 e 1999, participou da Copa do Mundo de 98 e conquistou o tri Carioca em 92, 93 e 94, além do título Brasileiro de 97, da Libertadores de 98 e do Rio São-Paulo de 99. Depois dele, outra cria de São Januário assumiu a posição, mesmo que por pouco tempo, Helton da Silva Arruda fechou o gol nas conquistas do título Brasileiro e da Mercosul em 2000.
As últimas referências da posição foram Fernando Prass e o uruguaio Martin Silva. Prass chegou ao Vasco na Série B de 2009 e participou do momento de reconstrução, que culminou no título da Copa do Brasil de 2011. Martin chegou em 2014 e rapidamente conquistou o posto de ídolo. Jogou três Copas do Mundo pelo Uruguai, ficou quatro temporadas no Gigante da Colina e conquistou o bicampeonato Carioca em 2015 e 2016. Na base, os goleiros do Lucão, do Sub-20, e Cadu, do Sub-17, acumulam passagens por várias categorias da Seleção Brasileira e são a esperança de manutenção deste legado.
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