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Detalhes das medidas administrativas anunciadas pelo clube

Nesta sexta-feira, o Vasco faz um movimento de reestruturação para reduzir gastos com pessoal. O clube inicia a série de 186 demissões, o que culminará com a redução do quadro de funcionários em 25%. O cálculo da diretoria é que o efeito disso seja uma queda de 35% na folha salarial. Anualmente, isso fica em R$ 40 milhões.

O enxugamento acontece em praticamente todos os setores. Há alguns casos que só não serão concretizados porque há negociações em curso para rescisão.

A gestão do presidente Jorge Salgado dá esse passo cerca de um mês e meio após tomar posse e reconhece que é um passo que pode trazer repercussões políticas por conta do relativo ineditismo. Como foi rebaixado à Série B, o Vasco estima uma defasagem de R$ 100 milhões em receitas em 2021, na comparação com um cenário no qual se manteria na Série A.

Diante da incapacidade do clube de arcar com a folha em dia todos os mese, a nova diretoria identificou que os atrasos salariais recorrentes atrapalhavam o rendimento dos funcionários. Entre os demitidos ao longo desta sexta, estarão pessoas com muito tempo de casa.

Futebol não escapa dos cortes. E as reduções nos esportes olímpicos são por entender que a manutenção de algumas modalidades não é sustentável. O acúmulo de dívidas trabalhistas gera passivo para o futuro.

Cada diretor de área será responsável por comunicar o desligamento. Mas o clube contratou uma empresa para assegurar que os que estão saindo se despeçam com o salário em dia. Além disso, a companhia tem experiência em auxiliar pessoas na recolocação no mercado, promovendo workshops para formulação de currículos, por exemplo.

Fonte: Extra