Futebol

Depois de A. Kardec na Sub20, Philippe Coutinho é campeão e destaque na Sub1

Foi sofrido, mas o Brasil conquistou o tricampeonato do Sul-Americano Sub-17, neste sábado, em Iquique, no Chile, ao derrotar nos pênaltis a Argentina por 6 a 5, depois de um empate por 2 a 2 no tempo normal. A seleção brasileira vencia o jogo por 2 a 0, mas cedeu o empate ao rival na etapa final.


Jogo quente no primeiro minuto

Brasil x Argentina sempre será um clássico no futebol de muita rivalidade, que seja no profissional ou nas divisões de base.

E apenas com um minuto de jogo, Lucas Krupsky entrou forte em Felipinho, do Internacional, que ficou sentido o tornozelo. O argentino recebeu cartão amarelo. Apesar das péssimas condições do gramado do estádio Tierra de Campeones, o Brasil tocava bem a bola. Aos quatro minutos conseguiu abrir o placar. Depois de um cruzamento na entrada da área adversária, Wellington tentou dominar a bola, mas Zezinho pegou a sobra e bateu rasteiro no cantinho, a bola triscou na trave direita e morreu no fundo da rede do gol de Martinez: Brasil 1 a 0.


Campo irregular prejudica o toque de bola do Brasil

Melhor em campo, a garotada brasileira se lançou ao ataque. Aos oito, Wellington chutou de fora da área, Martinez defendeu. Em seguida, sagrando após uma pancada, Rosales saiu de campo para ser atendido pelos médicos. O Brasil tinha a maior posse de bola, porém sem criatividade.

A Argentina melhorou na partida, mas insistia nas jogadas aéreas. Gonzalez arriscou de fora da área, mas Luis Guilherme, do Botafogo, espalmou para escanteio. O Brasil deu o troco com Coutinho, que recebeu na intermediária, mas finalizou, assustando arqueiro adversário. O campo irregular e a marcação forte da Argentina, Philippe Coutinho, do Vasco, e Wellington, do Fluminense, principais articuladores da seleção encontravam dificuldades na partida.

Observando isso, o Brasil começou a explorar o contra-ataque, mas a forte marcação dos hermanos bloqueava a velocidade brasileira.


No segundo tempo, pressão da Argentina e empate no fim

Na etapa final, a Argentina voltou pressionando o Brasil em seu campo, já que perdia o jogo por 1 a 0 e necessitava de pelo menos um gol para forçar o jogo para a disputa dos pênaltis.

Mas o Brasil, como no início do primeiro tempo, marcava forte, e aos 10 minutos, os comandados de Lucho Nizzo ampliou o placar. No contra-ataque rápido, Philippe Coutinho recebeu na entrada da área e bateu de chapa na bola com categoria, no canto esquerdo do goleiro Martinez, que pulou no lance, mas nada achou: Brasil 2 a 0.

Mesmo com vantagem no placar, a seleção brasileira não tinha o domínio absoluto do jogo e dava campo ao adversário. A Argentina crescia na partida, e aos 21 minutos descontou com o gol de Gonzalez, depois do goleiro Luis Guilherme dá rebote na pequena área.

A garotada brasileira sentiu o gol sofrido e os argentinos, empolgados, foram para frente, mas davam espaços para o contra-ataque. Vendo a pressão da Argentina, aos gritos, o técnico Lucho Nizzo pedia para os seus jogadores saírem mais para o jogo. No fim do jogo, Dudu, que entrara no lugar de Felipinho, arriscou um chute de longe, a bola quicou no gramado irregular, e no susto, Martinez conseguiu mandar para escanteio.

Mas aos 42 minutos, no lance infantil, Romário colocou a mão na bola dentro da área, e o árbitro Joaquín Antequera, da Bolívia, não teve dúvida e marcou a penalidade. Espindola cobrou no meio do gol e empatou a partida: 2 a 2. O resultado de empate levou o jogo para os pênaltis.


Nos pênaltis, Brasil bate Argentina por 6 a 5

Nas penalidades, como nos 90 minutos, a briga pelo título foi acirrada. Depois de 18 cobranças, o Brasil venceu a Argentina por 6 a 5. João Pedro, Zezinho, Fernando, Carlão, Maurício e Wellington marcaram para os brasileiros. Gerson, Philippe Coutinho e Dudu perderam.

Pelo lado dos Argentinos, Rotondi, Orfano, Apaza, Diego Martinez e Leandro Marín fizeram. Enquanto Sérgio Araújo, Villalva, Espindola e Lucas Krupsky desperdiçaram.

Com a vitória o Brasil conquista o nono título do Sul-Americano e o terceiro seguido da categoria.

Além de Brasil e Argentina, Uruguai e Colômbia também garantiram vaga no Mundial da categoria, que será realizado na Nigéria no período entre 24 de outubro a 15 de novembro deste ano.

Fonte: ge