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Depoimento de Rodrigo Caetano é hoje

O departamento jurídico do Vasco já traçou a estratégia para evitar uma suspensão pesada ao diretor-executivo Rodrigo Caetano. O clube acredita que as provas utilizadas irão inocentar o dirigente, que também comparecerá à sessão desta segunda-feira, dia 3 de maio, para prestar esclarecimentos sobre a denúncia. No julgamento, realizado pela Primeira Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ) a partir das 17h, o réu pode pegar até 210 dias de suspensão.

Para fazer a denúncia, a Procuradoria do tribunal levou em consideração uma notícia de infração enviada pelo presidente da Comissão de Arbitragem da Ferj, Jorge Rabello, e pelo árbitro João Batista de Arruda. Rodrigo Caetano se irritou com a arbitragem do clássico contra o Flamengo, pela semifinal da Taça Rio, e soltou o verbo.

A marcação de um pênalti em Léo Moura e a omissão no lance em que a bola bateu no braço do volante Willians dentro da área foram os motivos principais para a reclamação. “O que aconteceu foi um furto. Não tem outra palavra. Discordo da opinião de outros dirigentes, acho que existe algo contra o Vasco na Federação. Não temos o direito de voz, não temos o direito de discordar”, esbravejou Rodrigo Caetano logo após o jogo, conforme relata a denúncia.

A declaração foi anexada ao processo, e o diretor-executivo do time da Colina irá responder por ofensa, conforme o artigo 243-F, que determina multa de R$ 100 a R$ 100 mil e suspensão de 15 a 90 dias. Além disso, o dirigente também teria praticado ameaça contra o presidente da Comissão de Arbitragem ao dizer: “Esse cidadão, Jorge Rabello, tinha que tomar cuidado”. As palavras o fizeram ser também denunciado por infração ao artigo 243-C, que pode punir com multa de R$ 100 a R$ 100 mil e suspensão de 30 a 120 dias.

Em caso de punição, Rodrigo Caetano não poderá exercer determinadas funções, como à contratação de jogadores, fazer parte da delegação do time nos jogos, perdendo acesso aos vestiários, por exemplo. Uma eventual pena valeria para qualquer competição oficial, já que a suspensão se daria em dias e não em partidas.

No entanto, o advogado do Vasco, Osvaldo Sestário, crê que poderá descaracterizar a denúncia da Procuradoria. Ele cita especialmente um trecho da entrevista que teria sido cortado, justamente o complemento da frase de suposta ameaça.

“Ele (Rodrigo Caetano) disse que o Jorge Rabello tinha que tomar cuidado ao escalar os árbitros para a partida. Estamos juntando as provas e confiamos na absolvição”, disse Sestário, revelando que o dirigente irá depor no tribunal para esclarecer as declarações.

Thiago Martinelli responde por ato desleal

Expulso no mesmo jogo, o zagueiro Thiago Martinelli também será julgado. O jogador responde por ato desleal, uma vez que a súmula descreve um agarrão na camisa de Vagner Love, aos 45 minutos do segundo tempo. A punição prevista pelo artigo (250) é de uma a três partidas de suspensão, mas a pena só poderá ser cumprida no próximo Campeonato Carioca. Juan, do Flamengo, foi expulso na partida e também está na pauta da Primeira Comissão Disciplinar.

Fonte: Justiça Desportiva