Denúncia: Vascaíno, você trataria São Januário dessa maneira?

O estádio de São Januário, maior patrimônio da torcida cruzmaltina, completa neste sábado (21/04) 80 anos de sua inauguração. Fruto da perseverança e tenacidade dos vascaínos, São Januário foi construído em menos de 11 meses, um feito para a engenharia da época, após uma campanha de coleta de recursos entre sócios e torcedores. Tratou-se de uma firme e contundente resposta aos outros clubes cariocas que, até então, tentavam ridicularizar o Vasco por não possuir um estádio.

Irmanados, os vascaínos forjaram sem o apoio de terceiros aquele que seria o maior estádio do Rio de Janeiro até que o Maracanã fosse inaugurado, em 1950. São Januário também foi o maior estádio do Brasil até 1940, quando da abertura do Pacaembu, em São Paulo. Por três anos, o estádio dos vascaínos foi o maior da América do Sul até a inauguração do Centenário, em Montevidéu, no ano de 1930.

Apesar de ser uma data festiva e histórica, o fato é que, infelizmente, este patrimônio, verdadeiro motivo de orgulho, não vem recebendo dos dirigentes do clube o tratamento que se espera. Prova disso é que o estádio tem sido oferecido à penhora em processos judiciais movidos contra o Vasco nos últimos anos.

É com tristeza que o SUPERVASCO.COM apresenta, a seguir, documentos que comprovam esse fato, fruto dos enormes problemas financeiros que o clube vem passando nos últimos anos.

O primeiro documento é uma petição assinada pelo atual Presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, Sr. João Carlos Gomes Ferreira, indicando o estádio de São Januário à penhora por conta de um processo de execução movido pela Carital Brasil Ltda., sucessora da Parmalat na gestão dos negócios do futebol do Palmeiras. A dívida do Vasco, neste caso, refere-se à compra dos passes dos jogadores Viola e Júnior Baiano, em 1999. A ação judicial corre na Justiça do Estado de São Paulo:



A seguir, é apresentada cópia de certidão obtida no 3º Ofício de Registro de Imóveis do Rio de Janeiro (3 páginas), referente ao endereço do estádio de São Januário (Rua General Almério de Moura, 131, antigo número 03 - vide o trecho \"Revisão de Numeração\"). Ao longo do documento estão relacionadas cinco diferentes penhoras, relativas a ações judiciais movidas contra o clube pelo Município do Rio de Janeiro, Fazenda Nacional e Caixa Econômica Federal.



















Como vascaínos, lamentamos que o mais importante símbolo de nossa história, construído com o suor e o esforço dos vascaínos do passado, receba esse tipo de tratamento por parte dos dirigentes do clube.

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