Futebol

Defesa em 2009 tem média melhor que a do time campeão de 2000

Ultrapassar a barreira vascaína nunca foi tão difícil. Mas que a zaga cruzmaltina tem saltado aos olhos, não há mesmo dúvida. Tanto que os 36 gols sofridos nos 51 jogos nesta temporada (média de 0,71 gol por jogo) passariam completamente despercebidos em outras temporadas. Comemorar gol contra o Vasco virou hábito raro atualmente.

Ultrapassar a barreira dos cem gols sofridos não foi raro nos últimos anos. Pelo contrário. Até mesmo em 2000, quando o timaço estrelado por Romário, Euller, os Juninhos e companhia desfilava talento, a defesa sofreu 103 gols em 89 partidas, média de 1,15 gol por jogo.

Neste ano, só mesmo o Botafogo conseguiu furar a barreira e aplicar uma goleada de 4 a 0 sobre os vascaínos. Na ocasião, Leonardo, zagueiro que nem está mais no clube, e Titi formaram a zaga. Até mesmo o Corinthians em sua melhor forma, com Ronaldo e companhia, suou para marcar um gol em dois confrontos com os cruzmaltinos na semifinal da Copa do Brasil.

No duelo com Ronaldo, Vilson e Gian formaram a zaga e agora curtem o bom momento da defesa. Os elogios, claro, são para todo o grupo e para o técnico Dorival. Vilson, por exemplo, fez parte da defesa que virou motivo de chacota durante a campanha do rebaixamento de 2008.

Na última temporada, foram 107 gols sofridos pelos vascaínos. Algo inimaginável hoje.

– Não digo que é uma surpresa, mas uma alegria o momento que o sistema defensivo do Vasco vive.

Muitos acham que o sistema se limita aos zagueiros e laterais, mas no Vasco a marcação começa lá na frente – afirmou Gian.

Pela média atual do Vasco, o clube levaria mais nove gols nas últimas 13 rodadas da Série B. Fecharia a temporada, portanto, com 45 gols sofridos, um recorde que outras equipes cruzmaltinas nem mesmo sonharam em chegar perto. Com trabalho, Dorival Júnior remontou o Vasco e também a sua barreira.

Mauro Galvão, ex-zagueiro do Vasco

\"A equipe está mais organizada, o ambiente mais tranquilo e isso ajuda, favorece os atletas.

Existe uma forma de jogar, um grupo definido, o que faz a equipe ter mais confiança. Isso reflete nos números. No futebol, sem organização, fica difícil conseguir chegar onde se quer.

E há uma preocupação defensiva de todo o time, com a participação de outros jogadores, e com isso a defesa cresce.

Tudo feito para ajudar (a presença do ex-zagueiro Jorge Luiz na comissão técnica) é interessante, pode surtir efeito.

Fonte: Lance