Debate sobre direitos econômicos de Dedé vai parar na Justiça
A crise vascaína vai muito além das quatro linhas. Como se não bastasse o time fazer sua pior campanha na história dos pontos corridos, o clube também sofre de uma asfixia financeira que parece não ter fim. Além de já ter parte das rendas penhoradas pelos próximos anos, a fila de credores só aumenta. Ontem, uma velha história voltou a assombrar São Januário: o empresário Reinaldo Pitta entrou na Justiça cobrando o que considera ser sua parte na venda do zagueiro Dedé para o Cruzeiro, realizada em 2013.
Pitta cobra, desde 2012, 25% dos direitos econômicos do zagueiro, que, segundo ele, foram adquiridos junto ao Volta Redonda antes mesmo de o jogador ser transferido para São Januário. Quando a venda para o Cruzeiro foi concretizada, o Vasco recebeu 5,5 milhões de euros (R$ 14 milhões na época) pelos seus 45% — os outros 45% pertenciam ao grupo de investidores gaúcho Liga, e os 10% restantes, ao Villa Rio. O empresário questiona esta divisão e acusa as partes envolvidas de terem ignorado os seus 25% na venda.
Além do Vasco e do Villa Rio, o Volta Redonda também é réu no processo, que corre na 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca. Pitta confirmou que deu entrada no pedido de indenização, mas não explicou porque só o fez agora, dois anos após a venda.
— Tive que esperar outras questões burocráticas. Tenho documentos que provam que eu tinha 25%. No meu entender, o Volta Redonda não agiu por mal. Mas o Villa Rio, associado ao Vasco, ignorou os meus 25% — disse o empresário, que este ano não gostou quando soube que Eurico Miranda fez contato direto com dois de seus agenciados: o lateral Julio César e o atacante Emerson. O dirigente queria levá-los para São Januário e o troco dado por Pitta foi acertar a ida de Sheik para o Flamengo.
Os problemas com a Justiça são muitos. Na quinta-feira, o site do canal ESPN publicou que a Think Ball, empresa que cuida da carreira de atletas, pede a penhora do patrocínio da Viton. Ela cobra R$ 62 mil por intermediação na ida do meia Caíque para o clube, em 2010.
O dinheiro da Viton é um dos poucos que ainda entram nos cofres do clube. Segundo o vice-jurídico vascaíno, Paulo Reis, só este ano R$ 25 milhões foram usados para pagamento de dívidas.
Fonte: Extra
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