Dário: Essa estória de mil gols é problema dele
Responsável por uma das grandes surpresas do ano passado no futebol, o técnico do Volta Redonda, Dário Lourenço, voltará pela primeira vez a São Januário após um frustrada passagem pelo Clube da Colina. Com muitas esperanças de se firmar por um clube grande após o vice-campeonato estadual com o Volta Redonda, Dário não conseguiu dar sua cara ao time, brigou com Romário e foi mandado embora. Foram 11 jogos, com apenas duas vitórias, três empates e seis derrotas.
Dário confessou nesta entrevista ao LANCE! que não guarda mágoa de ninguém no Vasco, lamenta não ter cumprido o grande objetivo, de ficar até o fim do contrato e ainda disse que age de forma indiferente quando o assunto são os mil gols de Romário, com quem teve problemas no Vasco.
L!: Você teve um problema de relacionamento com Romário. Atualmente, o baixinho está lutando para chegar à marca de mil gols. Você torce para ele alcançar essa marca?
DL: Essa história de mil gols é problema de Romário e não meu. O meu negócio é o Volta Redonda e eu não quero opinar sobre esse assunto.
L!: Logo após a sua saída o técnico Renato Gaúcho assumiu o Vasco e fez duras críticas ao seu trabalho. Como vai ser esse encontro?
DL: Olha, eu não tenho problema com ninguém. Tenho praticamente 18 anos de carreira e eu não vou me preocupar com isso. Vou entrar no Vasco como se estivesse entrando em qualquer outro lugar. Eu costumo dizer que o importante na vida é olhar para trás e sentir orgulho. E isso eu sinto toda hora.
L!: Você pretende ainda trabalhar em algum clube grande?
DL: Atualmente não tenho nada do que reclamar. Estou em um grande clube e estou disputando um campeonato de igual para igual com as outras equipes.
LANCE!: Como vai ser essa volta a São Januário? Afinal, sua saída do Vasco foi conturbada.
DÁRIO LOURENÇO: Se eu falasse que é um jogo normal estaria mentindo. Mas quero deixar bem claro que não tive problemas com a diretoria, pelo contrário, fiz boas amizades lá. Não tenho nada contra o Vasco. Todos me trataram bem lá.
L!: Mas não ficou um sentimento de tristeza por ter permanecido tão pouco tempo no Vasco?
DL: Com certeza. Eu e minha comissão técnica ficamos tristes porque queríamos ter ficado lá o contrato todo. Nosso planejamento era para ter ficado lá até hoje. Infelizmente isso não foi possível. Mas é como eu costumo dizer: a ferida que ficou já cicatrizou e a tatuagem do Volta Redonda já voltou a aparecer.
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