Daniel Freitas: Grupo chegou bem perto do limite
Convivência com salários atrasados do elenco, dificuldade financeira para contratações, pressão, cobrança e vida social restringida a raríssimos momentos. Esta tem sido a rotina de Daniel Freitas nos últimos seis meses, desde quando assumiu o cargo de diretor de futebol do Vasco. Com a responsabilidade de ocupar a lacuna deixada por Rodrigo Caetano, hoje no Fluminense, ele garante que todo o estresse e as dificuldades valem à pena.
Em entrevista exclusiva ao LANCENET!, o dirigente falou sobre os problemas salariais do clube, todos as barreiras com que tem de conviver e admite que o momento é difícil, mas garante que o período nebuloso vai passar:
(O grupo) chegou bem perto do limite, mas nunca perdeu o foco. Realmente confio que vai melhorar. É isso que eu venho recebendo da diretoria e confio fielmente que vai melhorar.
Bruno Braz: Assumir este cargo mesmo com os problemas que o Vasco atravessa vale à pena?
Daniel Freitas: Sim, certamente. Sempre desejei isso. Sabia que não seria fácil e que os desafios eram grandes. Talvez não na dimensão que estão acontecendo, mas me prepararei para um cenário de dificuldades, de estar sendo criticado. Até porque agora virei vidraça e sendo comparado com quem estava aqui no meu lugar (Rodrigo Caetano). Sabia que seria difícil, mas com certeza vale a pena.
BB: Você sempre sonhou com o cargo, mas pela situação financeira delicada do clube não acha muito arriscado se lançar na carreira de gestor deste modo?
DF: Para as oportunidades da vida você não escolhe o momento. Ela apareceu, me ofereceram e eu aceitei. Venho de origem humilde. Sempre ralei muito para conquistar meu espaço. Sabia que aqui seria assim. O importante é não se desesperar, contar com as pessoas próximas para te dar suporte. Estou tendo isso. Acho que essa chance, num momento tão difícil, lá na frente vai render frutos.
BB: Não teme que esse momento crítico o queime por você, indiretamente, estar no mesmo barco?
DF: Não tenho esse medo. Procuro sempre tentar fazer melhor do que no dia anterior. A situação adversa pôde mostrar que o Vasco, apesar das dificuldades, não saiu do trilho e continuou disputando as competições. Não tivemos um caso de indisciplina ou de problema com algum atleta. Acho que o trabalho pode ser analisado por esse ponto de vista. Hoje o Vasco começa o Campeonato Brasileiro como não começava há muitos anos, como um dos favoritos ao título.
BB: Você se sentiu desprestigiado quando o Vasco contratou Franck Assunção para ser diretor-executivo do clube?
DF: Não posso dizer que me senti desprestigiado, mas um pouco desconfortável. Mas naquele momento, as minhas funções operacionais iam ser mantidas, e foi nelas que eu me agarrei. Tinha que manter o meu foco e continuar fazendo o que fazia no dia a dia. Eu me concentrei naquilo para me manter na minha função.
BB: Você está sempre tendo que dar satisfações ao grupo em nome da diretoria. Confia, sinceramente, que a situação financeira do Vasco vai melhorar?
DF: Confio. Realmente confio que vai melhorar. É isso que eu venho recebendo da diretoria e confio fielmente que vai melhorar. Na verdade estamos muito próximos de ter essa virada e essa tranquilidade.
BB: Até quarta o Vasco irá quitar os dois meses de salários atrasados?
DF: Estamos acreditando muito nisso e confiantes de que teremos uma solução.
BB: Com relação a Eder Luis, Fellipe Bastos e Renato Silva. Eles ficam?
DF: Estamos muito esperançosos com um desfecho feliz para o Vasco, para estes jogadores e para a torcida.
BB: Você está diante do maior desafio de sua carreira?
DF: Sem sombra de dúvida este é o maior desafio da minha vida profissional. Até agora.
Os pepinos
Salários atrasados
Daniel vem tendo que lidar com a insatisfação do grupo por conta dos dois meses de salários atrasados, e direitos de imagem para alguns, além do não depósito de FGTS.
Contratos
O diretor vem tentando achar soluções para manter Eder Luis, Fellipe Bastos, Renato Silva, Juninho e Fagner, que estão com seus contratos se encerrando.
Contratações
Por conta da grave crise financeira do clube, Daniel Freitas suspendeu contratações de grande porte devido à inviabilidade de recursos. Ontem foi apresentado o desconhecido volante Abuda, que veio do Cruzeiro (RS).
Convivência com salários atrasados do elenco, dificuldade financeira para contratações, pressão, cobrança e vida social restringida a raríssimos momentos. Esta tem sido a rotina de Daniel Freitas nos últimos seis meses, desde quando assumiu o cargo de diretor de futebol do Vasco. Com a responsabilidade de ocupar a lacuna deixada por Rodrigo Caetano, hoje no Fluminense, ele garante que todo o estresse e as dificuldades valem à pena.
Em entrevista exclusiva ao LANCENET!, o dirigente falou sobre os problemas salariais do clube, todos as barreiras com que tem de conviver e admite que o momento é difícil, mas garante que o período nebuloso vai passar:
(O grupo) chegou bem perto do limite, mas nunca perdeu o foco. Realmente confio que vai melhorar. É isso que eu venho recebendo da diretoria e confio fielmente que vai melhorar.
Bruno Braz: Assumir este cargo mesmo com os problemas que o Vasco atravessa vale à pena?
Daniel Freitas: Sim, certamente. Sempre desejei isso. Sabia que não seria fácil e que os desafios eram grandes. Talvez não na dimensão que estão acontecendo, mas me prepararei para um cenário de dificuldades, de estar sendo criticado. Até porque agora virei vidraça e sendo comparado com quem estava aqui no meu lugar (Rodrigo Caetano). Sabia que seria difícil, mas com certeza vale a pena.
BB: Você sempre sonhou com o cargo, mas pela situação financeira delicada do clube não acha muito arriscado se lançar na carreira de gestor deste modo?
DF: Para as oportunidades da vida você não escolhe o momento. Ela apareceu, me ofereceram e eu aceitei. Venho de origem humilde. Sempre ralei muito para conquistar meu espaço. Sabia que aqui seria assim. O importante é não se desesperar, contar com as pessoas próximas para te dar suporte. Estou tendo isso. Acho que essa chance, num momento tão difícil, lá na frente vai render frutos.
BB: Não teme que esse momento crítico o queime por você, indiretamente, estar no mesmo barco?
DF: Não tenho esse medo. Procuro sempre tentar fazer melhor do que no dia anterior. A situação adversa pôde mostrar que o Vasco, apesar das dificuldades, não saiu do trilho e continuou disputando as competições. Não tivemos um caso de indisciplina ou de problema com algum atleta. Acho que o trabalho pode ser analisado por esse ponto de vista. Hoje o Vasco começa o Campeonato Brasileiro como não começava há muitos anos, como um dos favoritos ao título.
BB: Você se sentiu desprestigiado quando o Vasco contratou Franck Assunção para ser diretor-executivo do clube?
DF: Não posso dizer que me senti desprestigiado, mas um pouco desconfortável. Mas naquele momento, as minhas funções operacionais iam ser mantidas, e foi nelas que eu me agarrei. Tinha que manter o meu foco e continuar fazendo o que fazia no dia a dia. Eu me concentrei naquilo para me manter na minha função.
BB: Você está sempre tendo que dar satisfações ao grupo em nome da diretoria. Confia, sinceramente, que a situação financeira do Vasco vai melhorar?
DF: Confio. Realmente confio que vai melhorar. É isso que eu venho recebendo da diretoria e confio fielmente que vai melhorar. Na verdade estamos muito próximos de ter essa virada e essa tranquilidade.
BB: Até quarta o Vasco irá quitar os dois meses de salários atrasados?
DF: Estamos acreditando muito nisso e confiantes de que teremos uma solução.
BB: Com relação a Eder Luis, Fellipe Bastos e Renato Silva. Eles ficam?
DF: Estamos muito esperançosos com um desfecho feliz para o Vasco, para estes jogadores e para a torcida.
Você está diante do maior desafio de sua carreira?
Sem sombra de dúvida este é o maior desafio da minha vida profissional. Até agora.