Cristóvão Borges tem perfil parecido com o de Ricardo Gomes
A parceria de longa data com o técnico Ricardo Gomes será fundamental para o auxiliar Cristóvão Borges dar continuidade ao bom trabalho realizado com o time do Vasco durante o Brasileiro.
No primeiro treino no comando do time, ontem, em São Januário, Borges mostrou que possui perfil semelhante ao do treinador.
Durante a atividade, o interino mostrou a serenidade e a tranquilidade habitual de Ricardo Gomes.
Quando orientou os jogadores, o fez de forma educada e tranquila.
Sem muito alarde. De fala mansa, foi difícil ouvir a voz do baiano, de 52 anos, durante a movimentação dos jogadores reservas.
A amizade dos dois profissionais completará 20 anos no ano que vem. Ricardo Gomes e Cristóvão jogaram por pouco tempo juntos no Fluminense, no início da década de 80. Depois de 1983, os dois seguiram suas carreiras como jogador, mas acabaram se reencontrando em 2002, no comando do Guarani.
Desde então, Borges passou a acompanhar o técnico Ricardo Gomes como auxiliar técnico. Depois, trabalharam juntos no Coritiba, Juventude e na Seleção Olímpica entre os anos 2002 e 2004.
No início de fevereiro deste ano, novamente o técnico Ricardo Gomes requisitou o fiel escudeiro para ser uma espécie de braço direito no comando técnico do time. Os longos anos trabalhando próximos ajudarão Cristóvão a executar um trabalho à altura do companheiro.
Não é nada agradável assumir o time diante desta situação, mas aconteceu. Vamos seguir com o trabalho da melhor maneira para continuar o que está sendo feito. Temos um grupo forte, e vamos continuar o trabalho para superar isso garantiu Cristóvão Borges.
Para fazer com que o time permaneça entre os líderes do Brasileiro, Borges terá de conseguir tirar o melhor dos atletas neste momento difícil. Ele terá a missão de substituir o companheiro até a situação de Ricardo ser definida.
O trabalho está bem entregue.
Cristóvão é um ótimo profissional.
Temos de ter força para continuar com esta campanha disse Felipe, um dos mais experientes do time.
Bate-bola:
Como o elenco se comportou depois do que aconteceu?
É um momento difícil para todos. Mas acredito que seja o desejo do Ricardo que continuemos com o trabalho que está sendo feito. Então, vamos procurar fazer isso para dar apenas notícias boas para ele. Temos de continuar o trabalho.
O que será feito para tentar amenizar a ausência do técnico?
É normal que todos no clube estejam abatidos. Está todo mundo comovido. Sabemos da missão que temos pela frente e vamos procurar dar a resposta em campo para o Ricardo Gomes.
Qual foi a conversa no vestiário após o clássico?
Todos perguntaram o que aconteceu e conversaram para tentar entender. Tivemos uma conversa na qual o médico Fernando Mattar representou o departamento médico do clube para dar esclarecimento para todos. Os jogadores tinham muitas perguntas sobre o que tinha ocorrido com o Ricardo.
Como é assumir o comando do time nesta situação?
Não é nada agradável assumir o comando de um time diante dessa situação, mas aconteceu. Vamos tentar prosseguir com o trabalho que ele vinha fazendo da melhor maneira para continuar o que está sendo realizado. Está sendo um momento difícil para todos nós. Estão todos tristes. Estamos rezando para que ele se recupere logo.
\"Ele foi campeão da Copa América de 1989\"
Roberto Assaf, colunista do Lance! sobre a carreira de Cristóvão Borges como jogador.
Ele não era um volante de contenção. Jogava de segundo homem de meio de campo.
Era um legítimo meio de campo.
Poderia jogar de terceiro homem no meio, pois sabia conduzir bem a bola e finalizar de média ou longa distância. A carreira do Cristóvão durou até o início da década de 90.
Chegou a jogar na Seleção Brasileira por volta de 1989. Foi campeão da Copa América daquele ano, o que prova que ele foi um bom jogador.
Tornou-se conhecido por causa de um Fla-Flu no qual o Fluminense venceu por 3 a 0 e ele marcou o último gol após dar um drible em Manguito, em 1979. Ele viveu um pouco desse gol.
Cristóvão tornou-se conhecido após Fla-Flu
Como jogador, Cristóvão Borges começou no time profissional do Fluminense pelo qual atuou até 1983. Chegou a ser campeão carioca em 1980, mas o ponto alto de sua carreira foi num Fla-Flu de 1979. O Tricolor das Laranjeiras já estava com placar garantido, quando o baiano abusado deu um drible desconcertante em Manguito.
Ele jogava como um segundo homem de meio de campo. Podia jogar de terceiro homem. Ele marcou mais como jogador do Fluminense, por volta de 79, 80, tornou-se conhecido. Ele viveu um pouco desse gol marcado no clássico explicou o colunista do L! Roberto Assaf.
Depois do bom momento no Rio, Borges defendeu o Operário (MS), Atlético-PR, Santa Cruz (PE), Corinthians (SP). Em 1989, pelo Grêmio, chegou a disputar oito jogos com a Seleção Brasileira. E ajudou a equipe a ser campeã da Copa América de 1989. O último clube foi o Guarani (SP), em 1990: A carreira dele durou até o início da década de 90. Chegou a jogar pela Seleção por volta de 89 e sagrou-se campeão da Copa América.
O que prova que ele foi um bom jogador. Tinha um estilo de jogo do Felipe Meneses, do Botafogo. Tinha como característica cadenciar o jogo, além do bom chute de longe.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)
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