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Cristóvão: "Minha maior contribuição foi não atrapalhar"

Antes desacretido pelos torcedores e cercado de insegurança, Cristóvão Borges hoje é forte candidato ao título do Campeonato Brasileiro e surpreendeu inúmeros adversários com opções táticas ousadas dentro do campo. Mesmo com toda a confiança que a diretoria cruzmaltina passou ao treinador durante seus primeiros dias de clube, o atual comandante vascaíno destacou as dificuldades que enfrentou ao longo do ano.

Cristóvão Borges era assistente de Ricardo Gomes, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e teve que ser afastado do comando da equipe. Após assumir o Vasco, no começo do segundo turno do Brasileiro, o técnico contou como superou a doença do antigo treinador e elevou o ânimo de todo o elenco na disputa da competição nacional e da Copa Sul-americana.

\"Mesmo na função de assistente, eu sempre tive uma relação muito boa com os jogadores e, diante do problema do Ricardo (Gomes), a única coisa que eu tinha certerza é que eu podia contar com eles. Para mim foi muito pesado. Foi sofrido, foi doloroso, e o único alento que eu tive quando assumi o time foi esse apoi da equipe\", destacou Cristóvão.

Visivelmente emocionado com a dramática vitória por 2 a 1, sobre o Fluminense, no Engenhão, que foi conquistada aos 45 minutos da segunda etapa, o treinador manteve sua humildade e preferiu não apontar nenhuma inovação feita por ele no esquema tático da equipe carioca. \"A minha maior contribuição foi não atrapalhar. Eu procurei fazer as coisas simples, claras e direitas, e houve um entedimento entre ambas as partes.\"

Ciente do desgaste físico de seus atletas, a comissão técnica do Vasco não deverá exigir muito dos jogadores durante os treinamentos desta semana e comandará apenas atividades físicas e táticas leves. A grande preocupação é com as possíveis lesões que podem surgir caso o time seja submetido a trabalhos intensos.

Fonte: Gazeta Esportiva