Futebol

Cristóvão Borges não crê que o Aurora mude a forma de jogo

O Vasco se prepara para jogar contra o Aurora (BOL), partida de volta das oitavas de final da Copa Sul Americana. Vitória por mais de dois gols de diferença ou por dois a zero classificam o Gigante da Colina. Vitória por 3 a 1 leva a decisão para os pênaltis. Qualquer outro placar classifica os bolivianos.

O time andino vem tratando essa partida como um jogo histórico e muito importante, tendo recebido incentivo até do presidente do país, Evo Morales.

Em entrevista ao repórter Gustavo Penna, da Super Rádio Brasil, Cristóvão Borges, técnico do Vasco, fala sobre essa motivação do time do Aurora:

- isso eu já esperava, independente de qualquer coisa, porque a gente viu a celebração deles depois da vitória. Estou esperando um time fechado, que vai se resguardar e nos dificultar bastante, defender a vantagem deles jogando fechado e saindo no contra-ataque. Mas pela repetição de jogadas que eles fizeram contra a gente, eu não sei se eles têm muitas alternativas. Parece-me uma forma do time jogar, e que eles fazem muito bem, porque fazem o jogo inteiro. Pela repetição eles fazem muito bem. Acredito que eles devam usar essa mesma forma aqui. A gente vai ter que tocar muito a bola, jogar pelos lados do campo e evitar forçar jogo pelo meio, que normalmente fica congestionado. É dessa forma que a gente vai jogar, além de tentar fazer uma marcação mais rígida.

Sobre a opção de poupar jogadores, Cristóvão Borges justificou da seguinte maneira:
- Quase ninguém tem elenco para jogar duas competições para ganhar. Você vai ter que comprometer alguma coisa para você jogar para ganhar duas competições. Eu não vejo quem se prepare para isso, porque para isso você teria que ter dois times para jogar, senão fica sobrecarregado. A exigência e a cobrança são muito grandes. Para uns, a Sul Americana começa de um jeito e quando chega na metade, ela se torna a grande alternativa. Nós ganhamos a Copa do Brasil, mas queremos ganhar o brasileiro. A torcida quer. Sul Americana é um campeonato importantíssimo, uma competição internacional. A gente vai jogar a Libertadores ano que vem. A gente tem que jogar para ganhar. Nós não temos um elenco muito grande para isso. A gente está tentando fazer e acho que a gente tem conseguido manter o nível. Claro que temos que ir nos adaptando aos acontecimentos. Por isso, a gente vai etapa a etapa, administrando isso.

O treinador do Vasco comemora ainda o fato de ter jogadores reservas jogando um jogo decisivo de um campeonato considerado importante:
- Eles querem complicar o treinador, claro, mas essa complicação é ótima. A gente tem ganhado muito com isso. A gente, inclusive, estimula esse tipo de competição saudável. Quando o ambiente é como o que a gente conseguiu criar, existe essa competição e o desejo de todo mundo de jogar. Tanto isso tem sido positivo que foram muitas partidas em que a gente não conseguiu repetir o mesmo time de um jogo para outro e conseguiu manter o nível de atuação. Isso é prova de que os jogadores que estão tendo oportunidade entram num nível bom. O campeonato requer isso, Você tem que ter um grupo grande de jogadores no mesmo nível para que quando tiver que substituir, e foram muitos jogos assim, a gente consiga manter o nível de atuação.

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