Cristiano Koehler: "Será preciso um plano emergencial de 90 dias"
Cristiano Koehler deixou o Grêmio com um estádio recém-construído e excelentes perspectivas a curto e longo prazos. Trocou a certeza pela dúvida em relação ao futuro do Vasco. Recusou algumas propostas do presidente tricolor Fábio Koff e confirmou que na segunda semana de janeiro retornará a São Januário onde trabalhou de 2010 até o início de 2011 para o que talvez seja seu maior desafio profissional: como diretor geral, reerguer um clube com a autoestima em baixa e as finanças destruídas.
Há alguns meses Koehler passou a viajar ao Rio de Janeiro com frequencia para conversar com o presidente Roberto Dinamite e tomar conhecimento da realidade do clube. Ele não esconde que o cenário é desolador, mas nem por isso se mostra pessimista. Ele afirma que não fugirá de suas responsabilidades e faz questão de dar o aval para qualquer decisão a ser tomada. Mas deixa claro que não vai resolver nada sozinho.
- O Vasco chegou ao fundo do poço. É hora de cortar na carne. Não sou o salvador da pátria, mas acho que posso mobilizar a união do clube para encontrarmos uma solução em conjunto. É um desafio muito complexo, porque o Vasco vive uma situação dramática. Mas aceitei por acreditar na recuperação, já que o clube é enorme - disse.
O novo diretor geral estipulou que o Vasco demore de três a cinco anos para se recuperar. No entanto, sabe que será preciso estabelecer soluções imediatas e, ao mesmo tempo, não deixar de conquistar resultados no campo.
- Será preciso um plano emergencial de 90 dias. A primeira coisa a fazer é viabilizar o clube financeiramente, com novas receitas, reduzindo despesas, renegociar alguns passivos. Ou seja, gerar caixa, gerar liquidez, fazer dinheiro novo. O clube precisa cumprir suas obrigações, e vamos encontrar alternativas financeiras para solucionar problemas graves. O Vasco tem de recuperar sua credibilidade no mercado. Tem que começar a pavimentação da estrada, caso contrário ela acaba - destacou.
Cristiano Koehler não foge nem da responsabilidade do bloqueio das receitas do Vasco, determinado pela Justiça. Para ele, que chegará ao Vasco com um diretor jurídico vindo de Porto Alegre, será importante até mesmo rever as estratégias para recuperar nos tribunais o direito de o clube usufruir de suas rendas.
O dirigente também deixou claro a importância de que o Vasco retome o pagamento de seus funcionários o atraso já chega a quatro meses e, assim, minimizou o fato de que ele mesmo chegará a São Januário como vítima da crise financeira.
- Para mim isso é secundário. Se decidi fazer é porque medi todos os riscos que envolvem esse desafio profissional. Chego para mobilizar o processo de recuperação do Vasco, e esperamos chegar a esse equilíbrio ainda em 2013. Alguém precisa iniciar esse processo urgentemente - finalizou.
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