Cristiano Koehler faz histórico sobre trabalho de Autuori
Agora é a vez de o diretor Cristiano Koehler falar: \"Gostaria de fazer um breve histórico. Quando contratamos o Paulo, tivemos uma reunião na casa do René Simões e lá expusemos os problemas estratégicos, financeiros e estruturais. Ele mesmo se colocou à disposição para poder contribuir com seu conhecimento e experiência e fazer parte desse projeto de reestruturação do clube\".
Koehler segue a explanação: \"Montamos uma estrutura para atingir os objetivos propostos. Era do conhecimento de todos que passávamos por problemas financeiros e ainda hoje ainda é assim. Nossa ideia era que em três meses atingíssemos o nosso objetivo em relação à dívida com a Fazenda e com o judiciário\".
\"Esse período de três meses foi de muito diálogo, transparência. Sempre deixamos claras as nossas dificuldades, seja eu, o presidente ou o Ricardo. Conversávamos para em conjunto cobrar e fazer parte das soluções. O entendimento era esse\", afirma Koehler.
Koehler: \"Uns 40 dias atrás, falei ao Paulo que nossa meta era até 5 de julho colocar os salários em dia. Eu falei para o Paulo. Porque naquele momento com as reuniões em Brasília, acreditávamos que poderia acontecer\".
\"Com o andar das coisas, decidimos reavaliar esse prazo. Na semana passada, com a necessidade de pagar o mês de abril e a palavra dada que pagaríamos pelo menos um mês, fomos ao mercado e conseguimos um empréstimo pessoal para pagar\", avisa Koehler.
Depois de pagar abril, tentamos buscar os recusos para pagar maio. Na quinta informamos ao Paulo que não conseguiríamos pagar na sexta. Falei com ele e disse que possivelmente pagaríamos nesta semana. Na sexta recebi um email do Paulo dizendo que gostaria, em função de tudo o que foi discutido, reavaliar a continuidade do trabalho
Fui a Porto Alegre, conversei com o Paulo e com o Ricardo e Roberto tentamos demovê-lo. Ele disse que tinha um acordo com os jogadores e que não voltaria a atrás.
Koehler explica a profundidade da crise financeira do Vasco: \"É importante deixar claro e dizer que o clube, desde que cheguei em janeiro, vivia uma crise grande. Eram cinco salários em aberto e nós pagamos esses salários. São nove salários pagos, o que mostar que o clube poderia estar com os pagamentos em dia\".
Ele garante que o atraso é de apenas um mês: \"Hoje o clube está com um mês de salário atrasado. Ninguém gostaria disso, mas dentro das circunstâncias que vivemos hoje, principalmente com as penhoras da Fazenda... Não é algo natural, mas em meio a essas dificuldades, não é o fim do mundo. Existem perspectivas futuras. Caso contrário, nem eu nem ninguém estaria aqui\".
Koehler confirma que havia uma cláusula no contrato exigindo salários em dia: \"No contrato do Paulo tinha uma cláusula de que a partir de julho os salários ficariam em dia. E no nosso entendimento os salários de julho são pagos em agosto\".
- SuperVasco