Crise do Vasco se divide em 5 capítulos
O Vasco amanheceu, nesta quinta-feira, na 15ª colocação da Série B, após derrota acachapante por 2 a 0 para o Avaí. Podendo até cair uma posição até o fim da rodada, a equipe carioca vive uma realidade que não passava pela cabeça dos torcedores até poucas semanas atrás: um início desastroso na Segundona, que, mesmo no início, preocupa para o futuro, dada a competitividade do torneio. A paciência vascaína com os trabalhos do departamento de futebol e da comissão técnica, louvados no início do trabalho, virou e já parece perto do limite.
A derrota para os catarinenses foi mais uma gota numa já efervescente mistura que vem tomando forma desde a reta final do Campeonato Carioca, quando o cruz-maltino ficou com o título da Taça Rio. Já naquela época, a equipe apresentava deficiências que hoje se enscancaram em meio aos resultados ruins. Esse foi o primeiro capítulo da crise vivida pelo Vasco dentro de campo, que culminou em ataques ao carro de jogadores na noite de quarta-feira.
Confira os cinco capítulos da crise vascaína:
Semifinais da Taça Rio
O Vasco iniciou o Carioca com uma equipe recheada de jovens jogadores. Assim que assumiu de vez o comando, a comissão técnica de Marcelo Cabo fez testes e rodou o elenco ao longo da competição. O cruz-maltino mostrou irregularidade, venceu apenas quatro dos onze jogos e ficou em quinto, de fora das seminifinais do torneio. Acabou tendo que disputar a Taça Rio, contra as equipes que terminaram até a oitava colocação.
O cruz-maltino derrubou o Madureira na semifinal e venceu o Botafogo por 1 a 0 no primeiro jogo da decisão. Mas uma queda de rendimento nítida já era perceptível no jogo de volta contra o alvinegro. O Vasco teve muitas dificuldades de criação e viu o Botafogo martelar no ataque até abrir o placar em uma falha defensiva. A partida ruim acabou ofuscada pela grande atuação de Vanderlei na disputa de pênaltis e a consequente conquista do título.
Surpresa em São Januário
Quando o Vasco iniciou a Série B, o sentimento geral era de animação. As contratações feitos no início da temporada animaram a torcida e a expectativa era que, jogando com seu time titular, o Vasco fosse uma dos favoritos ao acesso. Mas a surpresa veio logo na primeira rodada.
O Operário-PR dominou o cruz-maltino e saiu de São Januário com uma vitória convincente por 2 a 0. Numa declaração emblemática, o lateral-direito Léo Matos afirmou que "o homem não poderia apanhar duas vezes na mesma esquina", mirando uma recuperação em casa.
Dificuldades contra o Boavista
A chave virou para a Copa do Brasil, mas o desempenho da equipe não mudou. Em jogo ruim, o Vasco arrancou a vitória por 1 a 0 sobre o Boavista, em Bacaxá. O resultado deu tranquilidade, mas as atuações seguiam preocupando. No jogo de volta, novos problemas: o Boavista abriu o placar e o Vasco precisou do oportunismo de Cano para arrancar um empate e sair com a classificação às oitavas de final.
Dependência de Marquinhos Gabriel
Contra Botafogo, Operário e Boavista, o time sentiu a falta de Marquinhos Gabriel. Principal articulador no esquema 4-3-3 de Marcelo Cabo, o jogador sofreu com problemas físicos e não conseguiu estar em campo no início da Segundona. Sem ele, o Vasco apresentava nítida falta de criatividade.
Esperava-se, com seu retorno, a equipe melhorasse a produtividade ofensiva. Mas não houve grande evolução.
Clima quente na Colina
Em uma noite fria em São Januário, o clima entre torcida e clube esquentou. A virada sobre o Brasil de Pelotas, no Rio Grande do Sul — a primeira vitória vascaína na competição — voltou a animar torcedores e comissão técnica, que viam no resultado um momento de virada.
Mas nesta quarta-feira, o Vasco voltou a ser dominado em casa, e viu o Avaí, que ainda não havia vencido na Série B, sair com uma vitória tranquila por 2 a 0. A noite acabou em arremesso de objetos a um carro de jogadores — que seria do meia Bruno Gomes —, atitude repudiada pelo clube. Suspenso, Marcelo Cabo não comandou a equipe, o que ficou a cargo do auxiliar Fábio Cortez.
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