Criciúma já viu os dois lados do "Animal"
O técnico do Vasco, Antônio Lopes, já bateu o martelo: Edmundo ficará no banco no jogo contra o Criciúma, nesta quarta-feira, em São Januário, pela Copa do Brasil. Mas o Animal tem bons motivos para querer entrar em campo e, enfim, desencantar após o incômodo jejum de quatro jogos sem balançar a rede.
Em 1997, no auge de sua carreira, ele fez grande partida contra o Tigre em pleno estádio Heriberto Hülse, pelo Brasileiro, ao marcar dois gols e dar o passe para outro, na vitória vascaína por 4 a 3. Um deles, aliás, deve ter ficado marcado na lembrança do artilheiro. Edmundo cobrou uma falta da intermediária com violência e a bola entrou no ângulo direito do goleiro Roni, que nem se mexeu.
Quem se lembra bem da partida é o apoiador Ramon, hoje no Vitória, um dos destaques do jogo e autor dos outros dois gols vascaínos.
- O Edmundo até treinava cobranças de falta, só que de mais perto. Mas naquela época tudo dava certo para ele. Então, ele arriscou de longe e marcou aquele golaço - disse Ramon.
Na ocasião, a atuação de Edmundo foi responsável por garantir o Vasco como o primeiro colocado na primeira fase do Brasileiro que, posteriormente, viria a conquistar. Outro detalhe interessante foi que o carrasco cruzmaltino naquela noite de outubro foi o ainda desconhecido atacante Magno Alves, autor de dois dos três gols do Criciúma.
Sob a batuta de Edmundo, o Gigante da Colina ainda obteve mais uma grande vitória sobre o adversário desta quarta. Ao fim da fase de classificação do Brasileiro de 96, o Vasco goleou por 4 a 2, com dois gols de Pedrinho. Só que neste jogo, apesar da grande atuação, o Animal não marcou. E ainda foi expulso no fim. Bem ao estilo Edmundo.
Em ambos os jogos, o Vasco era comandado por Antônio Lopes, que está de volta à Colina. Ramon ainda aproveitou para rasgar elogios ao ex-comandante.
- O Lopes é fantástico. Disciplinador, mas, acima de tudo, uma grande pessoa. Sou suspeito para falar, pois sou seu fã e aprendi muito com ele, principalmente sobre as bolas paradas. Foi o treinador que mais me dirigiu como profissional. Ele é um grande vencedor e foi o principal responsável por montar aquele time de 97 - garantiu o jogador, que foi indicado para o Atlético-PR pelo Delegado no ano passado.
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