Cria do Vasco, Paulinho fala sobre ataques religiosos sofridos
Neste sábado, o atacante Paulinho, do Atlético-MG, se manifestou dois dias após ser alvo de intolerância religiosa nas redes sociais. O jogador, que estreou pela seleção brasileira na última quinta-feira, com derrota para a Colômbia, recebeu comentários intolerantes em razão de ser praticante do Candomblé.
"Nossa luta é diária… Seguimos. Gratidão aos orixás ✊🏾" - declarou o jogador.
Durante o jogo contra a Colômbia, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, Paulinho foi acionado aos 22 minutos da etapa final, para entrar na vaga de Rodrygo. Naquele momento, o Brasil ganhava de 1 a 0, com gol de Gabriel Martinelli. Sete minutos após a entrada do atacante, Luis Díaz marcou o primeiro, e aos 33, balançou as redes de novo para garantir a virada colombiana.
"Se macumba funcionasse, Bahia seria rica", "Cadê seu Exu agora, Paulinho?", "Foi só esse macumbeiro vagabundo, desperdiçador de farofa entrar que tomamos a virada" foram alguns dos comentários direcionados ao atleta, após a partida.
Nossa Luta é diária…Seguimos
— Paulinho (@PaulinhoPH7) November 19, 2023
Gratidão aos orixás ✊🏾🇧🇷 pic.twitter.com/YgYjaLPnoT
O Galo também se manifestou nas redes sociais em defesa do camisa 10.
"A intolerância religiosa é crime e deve ser combatida por todos. O Galo repudia veementemente os ataques destinados ao nosso atleta Paulinho, nas redes sociais, durante a partida da Seleção Brasileira. Força, Paulinho. Que sua fé te proteja da maldade alheia! ✊🏽🏹" (Atlético-MG)
Além do clube mineiro, o Vasco, time que revelou o jogador, também repudiou os ataques e ressaltou a importância da liberdade religiosa no país.
"O #VascoDaGama repudia veementemente a intolerância religiosa sofrida pelo atacante da Seleção Brasileira, Paulinho, e presta pronto apoio ao cria da #BaseForte. Ressaltamos a importância do respeito a todas as religiões e credos. O preconceito deve ser combatido em prol de uma sociedade plural, para que cada indivíduo possa, em paz, expressar a sua fé." (Vasco)
Em entrevista após a convocação, o atleta já havia comentado sobre os comentários intolerantes que recebia nas redes sociais.
- Os comentários negativos sempre tem nas minhas redes sociais, mas não é algo que eu fico me apegando. Quem quiser continuar mandando energias ruins pra mim, a mim não vai afetar, eu sigo blindado e focado naquilo que eu quero.
Fonte: ge"Mas é algo que eu sempre vou estar lutando, usando meu nome e o meu poder de fala pra estar lutando contra esse tipo de preconceito que não tem cabimento nos dias de hoje" (Paulinho)
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