Cosme Rímoli: "O Vasco já procura um treinador para substituir Mancini"
Dodô será reserva contra o ASA de Arapiraca, amanhã, em Alagoas.
Essa foi a punição, supostamente dada, pelo técnico Mancini pelo atacante o ter desobedecido no domingo.
Contra o Flamengo, Dodô bateu mal um pênalti contra o Flamengo.
Bruno defendeu sem esforço.
Houve outro pênalti e Mancini mandou Jéferson cobrar.
Dodô percebeu a ordem do treinador.
Mas não se importou.
Pegou a bola e bateu de novo.
Outra vez Bruno defendeu.
O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, ficou chocado com a cena.
Não entendeu a quebra pública de hierarquia.
A falta de respeito ao comando de Mancini.
Os jogadores não interferiram em favor do técnico.
Não há uma relação de parceria, de grande amizade, de profundo envolvimento com o trabalho de Mancini.
Como havia com Dorival Júnior.
A comparação é óbvia e explica muita coisa que está acontecendo no Vasco.
Dorival foi claro do início ao final do seu trabalho.
Sério, muitas vezes duro.
Sempre fez questão de enfatizar que era ele o comandante, o chefe.
Foi assim que conseguiu controlar Carlos Alberto e fazer com que jogasse pelo grupo.
E não por ele, como fazia há anos, por todo clube que passava.
Seu relacionamento com os jogadores era de muito respeito por parte dos comandados.
Foi assim durante toda a Série B.
Quando Dorival não teve a promessa de Dinamite, de um Centro de Treinamento digno da força do Vasco, ele procurou outro lugar para trabalhar.
Passou a negociar com o Grêmio e com o Santos.
Foi a desculpa ideal para o presidente vascaíno dizer que não o queria mais.
Só que, no íntimo, ele sabia que a falta de recursos financeiros o fizeram tentar enrolar o ex-treinador.
Não poderia dar o CT que Dorival tanto pedia.
As queixas com Mancini crescem a cada dia.
O time não tem um padrão tático definido.
Tem conseguido vitórias longe de serem convincentes diante de adversários fraquíssimos.
Mas o que pega internamente é o relacionamento dele com os jogadores.
Tudo é feito de maneira sigilosa, escondida.
Élton passou a treinar sozinho, longe do grupo.
Dizem que ele contestou o treinador, a maneira com que o Vasco estava jogando.
Mas não há confirmação porque Mancini não fala sobre o assunto.
No sábado, o treinador aceitou conversar sobre a maneira com que o time iria enfrentar o Flamengo.
Aceitou falar com torcedores organizados vascaínos.
Falou pouco e ouviu muito, inclusive broncas.
Havia jogadores com Mancini.
A situação do treinador no Vasco é muito desconfortável.
A direção do clube já pensa em trocá-lo para o Brasileiro.
O vice de futebol José Hamilton Mandarino faz o seu papel neste eterno teatro quando o clube quer trocar de treinador: o defender publicamente.
Mas vários conselheiros vascaínos sabem que ele só está ganhando tempo para escolher um outro nome com calma.
Tentar esperar pelo fim do Carioca.
Só que se houver alguma surpresa amanhã à tarde contra o Asa, tudo pode se precipitar.
Mancini era um dos jovens treinadores mais promissores do futebol brasileiro.
Ganhou a Copa do Brasil com o pequeno Paulista de Jundiaí, onde sua palavra era ordem.
Mas nos clubes grandes do País tem se perdido por não saber se impor.
Já foi assim no Santos, no Vitória e agora no Vasco.
Ele não pode reclamar de falta de chances na vida.
Uma pena.
Quanto a Dodô, infelizmente continua o mesmo.
Um artilheiro que só pensa nele, no seu ego
Agradecemos ao nosso leitor Jackson pela dica
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