Coritiba garante segurança do Couto Pereira na final
Cerca de um ano e meio depois da batalha campal protagonizada no gramado do Couto Pereira ao fim do jogo que rebaixou o Coritiba para a Série B do Campeonato Brasileiro, o estádio será o mesmo para receber a final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, contra o Vasco. Mas a diretoria do clube paranaense garante a segurança durante e após a partida, seja qual for o resultado da decisão.
Em 6 de dezembro de 2009, torcedores invadiram o campo quando o Coritiba empatou com o Fluminense por 1 a 1, destruindo parte da arena e entrando em conflito com a polícia. O fosso que separa as arquibancadas do gramado, baixo, facilitou a ação dos infratores.
\"Aquilo foi uma ação de cem imbecis da torcida organizada. Hoje, esses imbecis já não entram aqui. Temos um policiamento que garante a segurança. Dos 34 mil espectadores que estarão aqui essa noite, 31 mil serão sócios, família\", garante o vice-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade. Ele considera absurdo qualquer questionamento sobre a segurança do Couto Pereira hoje.
A torcida citada, a Império Alviverde, tem uma versão um pouco diferente da história. O presidente da entidade, Luis Fernando, o Papagaio, diz que, segundo inquérito policial, cerca de 80 pessoas teriam entrado no campo e apenas metade deles eram sócios da Império. Todos eles estariam respondendo pelo crime.
\"Além disso, aquele fato em si aconteceu porque era o ano do centenário. O torcedor estava revoltado com o que estavam fazendo. Eles brincaram com o clube, fizeram festa, ao invés de se preocuparem com o futebol. Em 2005 também caímos e a torcida saiu gritando que amava o clube\", alega Papagaio.
Outro fator que preocupa em relação ao Couto Pereira é a segurança dos jornalistas. Parte da área de imprensa fica muito próxima das numeradas do estádio, deixando os profissionais expostos. Ribeiro de Andrade diz que o Coritiba disponibiliza pessoas para garantirem a proteção de quem trabalhará no jogo.
A polícia militar do Paraná divulgou, nessa terça-feira, que cerca de 750 homens realizarão o policiamento da partida. A região próxima ao estádio será isolada, materiais que caracterizem torcidas organizadas serão proibidos e haverá mais policiais de prontidão nos quarteis.
Independente disso, o vice do Coritiba assegura que nada vai acontecer durante o jogo. \"Eu assumo a responsabilidade: ninguém vai atacar ninguém. O Paraná não é terra de índio. Mesmo se perdermos, nada vai acontecer. Curitiba é um exemplo para todo o país.\"
- SuperVasco