Torcida

Corintiano preso na Bolívia e flagrado no Mané Garrincha cria polêmica

Quando desembarcou em Brasília, no último domingo — em caravana vinda de São Paulo que custou R$100 para sócios em dia e proibiu a presença de mulheres e menores de idade — parte da torcida da Gaviões da Fiel já sabia que, fora de campo, nas arquibancadas, a vontade não seria de vitória, mas de vingança. Danilo Silva, 27 anos, que também é um dos 12 torcedores de Oruro e esteve no Mané Garrincha, diz que a rivalidade não pode ser esquecida nem perdoada, por conta de um episódio ocorrido em 2009, em São Paulo. Na ocasião, um corintiano foi morto por vascaínos na Marginal Tietê.

“É impossível (a briga de 2009) de ser esquecida. Vida se paga com vida”, disse Danilo, tentando justificar a confusão no anel superior do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha durante Vasco e Corinthians, no último domingo. Para sustentar a hipótese de “revanche” pela morte, Danilo observa que os torcedores da Gaviões da Fiel agrediram apenas os vascaínos da Força Jovem (organizada do Vasco). “O interesse eram os caras da Força. Pode ser imbecil, eu não sei, mas a violência nos estádios é constante e nunca vai acabar. Eles mataram um corinthiano, pai de família, trabalhador.”

A ação da Polícia Militar durante a briga e, principalmente, antes dela foi omissa, na opinião do torcedor. “É meio ridículo falar que a polícia é tão inocente. Eles viram torcedores (da Gaviões) no caminho e não fizeram nada. Estavam espalhados em grupos de três ou quatro”, conta. Danilo se refere ao trajeto que os torcedores percorreram até a torcida adversária sem serem interpelados por policiais e a falta de um cordão de isolamento entre as torcidas. Sobre a presença de colegas que foram detidos em Oruro na confusão, Danilo faz questão de diferenciar os dois episódios: “São coisas bem distintas. Quanto a Oruro, está mais do que claro que somos inocentes, ponto”.

Fonte: Superesportes