Corinthians perde para o América-MG e não dispara na liderança
Apesar de o Parque do Sabiá ter se transformado em estádio paulista, com a presença de cerca de 40 mil corintianos, o Corinthians não confirmou seu favoritismo, ao ser surpreendido pelo lanterna América-MG, que o derrotou por 2 a 1, neste domingo, em Uberlândia. O tropeço só não custou a perda da liderança porque o Vasco foi derrotado pelo Santos, por 2 a 0. O gol do triunfo americano foi marcado aos 42 min, por meio de Amaral, em cobrança de falta.
O Corinthians não soube aproveitar o fato de atuar em casa, apesar de oficialmente ser o visitante e enfrentar o lanterna. Com a derrota, o time paulista desperdiçou a oportunidade de ampliar sua vantagem em relação aos demais postulantes ao título. A equipe do técnico Tite esteve mal em campo, errando muitos passes e mostrando pouca força ofensiva.
O time paulista viu o América sair à frente do marcador, com Fábio Júnior, na cobrança da penalidade marcada de Alessandro sobre Kempes. O empate, ainda na etapa inicial, surgiu com Chicão, que voltou a jogar após 49 dias. Quando tentava o gol da vitória, o time paulista levou o segundo americano, marcado por Amaral, em cobrança de falta. Os três gols saíram em lances de bola parada.
Em má fase e muito criticado após a derrota no clássico para o Santos no dia 18 de setembro, Chicão foi barrado por Tite, mas pediu para não ser relacionado contra o São Paulo. Acabou treinando em separado e, depois de reintegrado, só foi escalado contra o América em função da suspensão de Paulo André e Leandro Castan. Quero mostrar meu futebol dentro de campo, disse o jogador, que perdeu a braçadeira de capitão.
Os dois pênaltis foram contestados pelos jogadores das duas equipes. Alessandro disse que não fez falta em Kempes e afirmou que a disputa com o atacante adversário foi fora da área. Ele foi além e considera que o árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima compensou ao marcar a penalidade para o Corinthians depois. Senti o puxão e acho que foi pênalti, afirmou Emerson, contrariando o companheiro. Após o nosso pênalti a gente falou que ele poderia dar um para o Corinthians e foi o que aconteceu, o jogador deles foi malandro, caiu, mas o jogo está bom, foi pau a pau, disse Micão.
O Corinthians ainda teve uma baixa importante. O meia Alex, substituído por Emerson, aos 15 min da etapa inicial, 12 sentiu de novo a coxa esquerda. Não tem explicação. Só joguei porque me senti legal a semana inteira, justificou.
Se o ambiente no estádio demonstrava a inversão prática do mando de campo, logo que a bola rolou o comportamento dos dois times confirmou a situação. O Corinthians começou fazendo o que havia prometido Tite, tomando a iniciativa do ataque. Aos 13 min, o meia Alex fez boa jogada, colocou a boa na área adversária, para conclusão de Liedson. O chute saiu fraco, facilitando a defesa de Neneca.
Como a maioria dos visitantes, o América-MG tentava explorar os contra-ataques, especialmente com as descidas de Marcos Rocha pela direita. Já sem Alex, o Corinthians viu o panorama se inverter. A equipe mineira aumentou seu volume de jogo, passou a ficar maior tempo com a bola. Nessa fase, Júlio César fez grande defesa em chute de Rodriguinho.
Aos 25 min, o Corinthians voltou a ameaçar o gol mineiro. Fábio Santos arrancou pela esquerda e chutou, obrigando Neneca a difícil defesa. Mas o América-MG era melhor em campo e abriu o placar, aos 34 min, por meio de Fábio Júnior, que converteu pênalti, cometido de Alessandro sobre Kempes, assinalado pelo árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima.
O Corinthians continuava devendo bom futebol, mas, aos 45 min empatou o jogo, igualmente em pênalti, marcado pela arbitragem do volante Amaral sobre Emerson. O gol foi marcado na cobrança feita por Chicão, em sua volta ao time paulista. É um gol diferente, por tudo que aconteceu. Fico feliz de voltar a jogar e ajudar a equipe, afirmou o zagueiro, na saída para o intervalo.
O segundo tempo começou com o Corinthians pressionando o América-MG, que se mostrou assustado. Aos 7 min, Emerson fez boa jogada e finalizou com perigo, mas a bola foi para fora. A história, no entanto, não foi diferente. Aos poucos, o time paulista diminuiu seu ímpeto e permitiu o crescimento do América. Aos 15 min, Fábio Santos vacilou e permitiu a finalização de Kempes, que obrigou Júlio César a grande defesa. No final, Amaral, acertou a cobrança e fez o gol da quinta vitória do time.
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