Copa do Brasil: Vasco quer revanche com juros e correção
Mais do que conquistar um título inédito para sua galeria, e garantir uma vaga na Copa Libertadores de 2007, derrotar o Flamengo na decisão da Copa do Brasil servirá para que o Vasco exorcize um fantasma que há sete anos assusta - e como! - sua torcida: o de perder finais para o maior rival. Foram quatro em um espaço de seis anos.
Um vascaíno mais atento, no entanto, logo vai reagir: \"Ora, mas estas derrotas aconteceram em míseros Campeonatos Estaduais, agora o buraco é mais embaixo!\" É verdade. Para aquele torcedor que está há tempos com seu arqui-rival atravessado, vencer o Flamengo - o que, por si só, já é motivo de festa na Colina - nesta final terá um peso infinitamente superior aos títulos de 1999, 2000, 2001 e 2004 que o Rubro-Negro tirou do Vasco.
As lembranças dessas derrotas, é bem verdade, estão mais na cabeça dos torcedores do que na do técnico Renato Gaúcho e dos jogadores. Somente Ramon (1999) e Ygor (2004), do grupo atual, estiveram em algumas daquelas finais. Para os outros, resta tentar virar a escrita e enterrar essa alma penada rubro-negra que tem dado as caras nas decisões disputadas entre dois dos maiores inimigos declarados do Brasil.
- Não tem nada a ver uma final com a outra. Quando a bola rola, fica tudo no passado. Estou tranqüilo porque o meu time está preparado para vencer. O que aconteceu antes não importa - disse Renato Gaúcho, que ontem, ao contrário do que acontecera um dia antes, não foi o único autorizado a dar entrevistas.
O goleiro Cássio também procurou minimizar os fracassos do passado.
- Futebol é dentro de campo. As outras decisões foram vencidas pelo Flamengo, mas cada jogo tem a sua história - reiterou o camisa 1.
Como Vasco e Flamengo jamais se enfrentaram em uma final de caráter nacional, fica a expectativa em São Januário para que, no dia 26, o troco - atrasado há sete anos - seja dado com juros e correção. E que o tal fantasma pare de azucrinar.
- SuperVasco