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Consórcio arcará com custos da reforma do Engenhão

A Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou nesta segunda-feira que o reforço da cobertura do Engenhão será inicialmente pago e executado pelo Consórcio que administra o estádio, formado por Odebrecht e OAS. As obras têm fim previsto para novembro de 2014 e incluem o desmonte da cobertura para a reforma a partir de setembro deste ano.

A Prefeitura reconheceu que houve falha no projeto do estádio e, portanto, eximiu Odebrecht e OAS do erro. O desenho da cobertura foi realizado pela empresa Alfa, contratada pelo consórcio que faliu e abandonou as obras antes da inauguração do estádio, formado pelas empresas Racional, Delta e Recoma.

A Alfa - responsável pela confecção do projeto - foi apontada pela Prefeitura como grande vilã da interdição do estádio. O representante do Consórcio Engenhão (Odebrecht e OAS) afirmou que as empresas irão cobrar os valores na Justiça.

\"Apesar de não sermos responsáveis, tomamos a decisão de pagar esta reforma para que cessar os prejuízos com a interdição. Mas tomaremos medidas judiciais cabíveis para sermos ressarcidos desse custo”, disse Marcos Vidigal, representante do Consórcio Engenhão.

O Engenhão está interditado desde o dia 26 de março. Na ocasião, a Prefeitura optou por fechar o estádio por entender que existia risco de desabamento da cobertura com ventos superiores a 63 km/h, baseada no relatório da empresa de engenharia alemã SBP (Schlaich Bergermann und Partner). Laudos anteriores atestavam riscos, mas apenas com ventos acima de 115 km/h, bastante incomuns no Rio de Janeiro.

Após reclamações da diretoria alvinegra sobre o prejuízo com a manutenção e aluguel do Engenhão, a Prefeitura suspendeu temporariamente o contrato de concessão do estádio, em maio. O Botafogo, no entanto, continua utilizando normalmente o gramado anexo e outras dependências do local. Atualmente, apenas o acesso às arquibancadas e o campo principal está proibido.

Fonte: Uol