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Conheça um pouco mais da história de Rodrigo Caetano

De Carpegiani, ele diz ter levado algumas coisas. “Sempre foi um cara extremamente correto, um cara que sempre cobrou muito para que as coisas saíssem de forma correta, muito exigente, tanto dentro de campo como fora. Eu acredito em sucesso, resultado se existir cobrança, se existir disciplina, regras muito claras”.

O técnico tricolor soube prepará-lo muito bem. Foi o primeiro a ver que ali tinha alguém com talento para talvez revolucionar o futebol brasileiro. Ainda no RS. Não errou a mão. Rodrigo Caetano é bem isso. Um revolucionário. Talvez não sonhasse em chegar tão longe.

Teve uma carreira como jogador algo obscura. Foram 13 anos interrompidos por uma lesão. Ali, viu a oportunidade de retomar os estudos, trancados quando ainda corria pelo Grêmio por aí. Formou-se em administração de empresas, fez pós, MBA, todas essas coisas. Enfim, se preparou. Não pretende legislar em causa própria, mas foi atrás daquilo que julga ser a combinação perfeita: a de um profissional com vivência no campo e preparo fora dele. Por meio dela, acredita, aumenta suas possibilidades de sucesso.

“Carrego comigo a convicção de que seria o ideal porque você busca na formação acadêmica, na especialização as ferramentas de gestão para que você possa realmente fazer o gerenciamento de um departamento de futebol. E ao mesmo tempo você consegue ser um apoio importante pra comissão técnica e também na relação com os atletas. Ou seja, você acaba unindo a linguagem acadêmica com a linguagem do futebol”, explica.

Rodrigo é assim, bem didático mesmo sobre tudo que fala. Conhece do riscado. Por isso, meu caro, talvez você tenha se surpreendido com todo o noticiário que girou em torno dele nos últimos meses. As especulações sobre o seu futuro até a sua renovação com o Vasco. Talvez. Mas talvez não devesse. Profissionais como o cartola – se é que podemos chamá-lo desse modo – ainda são poucos por aí. Ele próprio sabe disso. “A mão de obra é insuficiente”.

O homem forte do futebol vascaíno se refere a essa gente especializada que emergiu por aqui de uns tempos pra cá. Gente como Paulo Angioni, Felipe Ximenes, Ocimar Bolicenho, Paulo Jamelli. Gestores profissionais e não amadores, que não estão por lá devido a favores políticos. É a tal da profissionalização que vai chegando aos poucos. O assédio sobre esses profissionais é cada vez maior. Caetano é a prova viva disso. Prova também de que algo saiu do discurso e passou para a prática. É o que o gaúcho de Santo Antonio da Patrulha mais comemora, você verá na edição de dezembro da revista ESPN.

Fonte: ESPN BRASIL - ESPN.COM.BR