Conheça o torcedor por trás dos áudios que viralizaram entre a torcida
A expectativa da torcida do Vasco para o Campeonato Brasileiro não era tão alta quando, de repente, "plau!", viu um time "ramonizado", "geométrico", a ponto de ficar mal acostumada e cogitar que apenas os Vingadores poderiam vencê-lo. Com os 100% de aproveitamento e líder da competição, talvez só reste ao Cruz-Maltino jogar contra ele mesmo, ou a competição acabar.
Tais expressões e conclusões fazem parte de um vasto repertório de áudios que ganhou as redes sociais nos últimos dias. Os empolgados dizeres, via aplicativo de mensagem, com hipérboles e paródias que traduzem a boa fase pela qual passa o time de São Januário se tornaram tão esperados quanto os resultados positivos em campo.
O animado vascaíno por trás dos elogios ao elenco e músicas que casam com o atual sentimento do cruz-maltino é Luiz Alan, de 35 anos, que garante que não fazia ideia da repercussão que a brincadeira poderia ganhar.
"Não esperava. Foi uma surpresa muito grande porque eu sempre mandava áudios assim. Sempre fui um torcedor apaixonado, então, sempre tive a emoção à flor da pele dessa forma. Foi algo totalmente espontâneo e cresceu de uma maneira absurda. Agora, a galera tem pedido bastante. Eu sempre mandava áudios para os grupos de amigos. Eles compartilharam e tomou uma proporção muito grande", disse, ao UOL Esporte.
Apesar das frases engraçadas e cantos em ritmo de famosas músicas, ele garante que é tudo feito de forma espontânea, sem roteiro a ser seguido.
"É tudo improvisado, não existe script. Tudo é feito na hora, o que vem à minha cabeça. Eu mesmo, depois de fazer o áudio, fico rindo porque, às vezes, nem sei o que falei na hora (risos)".
E, talvez, a palavra da moda entre a torcida vascaína seja "ramonizado", usada para indicar que o time está jogando ao estilo do técnico Ramon Menezes. A expressão, oriunda de uma dos famosos áudios, ganhou a internet e vem sendo usada até em memes.
"Foi uma coisa que saiu na hora do áudio, sem pensar mesmo. Totalmente de improviso, quase espiritual (risos). Eu, na realidade, estou meio sem acreditar ainda na proporção que tomou e que a galera está gostando tanto. É um misto de euforia e medo, porque eu sou um cara muito tímido. Apesar de não parecer", afirma.
O primeiro discurso mais entusiasmado de Luis Alan que tomou conta das redes foi um no qual lia uma sequência de notícias que considerava boas e, antes de cada uma, falava "plau".
"O "plau" foi o primeiro que viralizou. Eu estava voltando do trabalho e, como de praxe, vendo as notícias do Vasco. Eu estava um pouco receoso, pois o time, ao meu ver, não havia feito um bom jogo treino contra o Volta Redonda. Aí, me deparei com várias boas notícias: a possível volta do Guarín, pagamento de salários, a volta do meio campo Juninho, a possível contratação do meio campo francês "Srilanca" [Samir Nasri]. Me empolguei e fiz o áudio", lembra.
Dias antes, o volante colombiano Fredy Guarín havia embarcado para o país natal para resolver problemas pessoais. A situação do jogador com o Vasco ainda é incerta, mas, hoje, a tendência é uma rescisão do contrato. No caso de Juninho, o jogador, cria da base, estava com as negociações para a renovação de contrato emperradas -- elas andaram, mas ainda sem desfecho.
O francês "Srilanca", na verdade, era Samir Nasri, que começou no Marseille e tem passagens por Arsenal e Manchester City, ambos da Ingleterra. Ele teria sido oferecido à diretoria cruz-maltina.
Vídeo de Fellipe Bastos
Após a vitória sobre o Sport, na estreia do Vasco no Campeonato Brasileiro, ele fez um áudio enaltecendo o resultado e também o volante Fellipe Bastos, autor dos dois gols do triunfo. Depois, recebeu um vídeo do jogador agradecendo pelo carinho.
"Foi algo sensacional. É um cara que eu gosto muito e que a torcida pega muito no pé. Ao meu ver, foi um prêmio a atuação que ele teve, pelo esforço que ele tem feito, e pelo carisma dele", indicou.
Amor pelo Vasco vem de família
A relação de Luiz Alan com o Vasco vem desde o berço. De família cruz-maltina, acompanha o clube desde cedo. O avô dele, inclusive, foi atleta do atletismo vascaíno. Morador de Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, é um daqueles que aponta São Januário como a segunda casa.
"[A relação de amor com o Vasco] Começou desde que eu nasci. Meu pai [Ronaldo] é vascaíno, meu padrasto [Paulo Nunes] também. E meu avô [Ruy Torres] era atleta do clube no atletismo. Então já é um amor de berço. Deus me fez vascaíno antes de eu nascer", garante.
"Céu é o limite''
A animação de Luiz Alan com o futebol que o Vasco está apresentando não se limita às falas nos áudios. Ele acredita que o time "ramonizado" pode alçar voos altos na temporada.
"Indubitavelmente. A expectativa, com a chegada dos novos reforços e a postura do time em campo "geométrico e ramonizado", não me deixa dúvidas de que o time vai fazer um excelente campeonato e que o céu é o limite.
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