Conheça o pequeno "fenômeno capixaba" do Vasco
O Espírito Santo é um dos maiores celeiros de atletas do país. Independente da idade ou modalidade, diversos nomes mostram que apesar das dificuldades, vale a pena se empenhar em busca do sonho de torna-se um atleta reconhecido pelo trabalho. No futebol, mais uma revelação se prepara para brilhar fora do Estado.
Com apenas seis anos, Rogério Medeiros Lemos conquistou a chance de jogar em um grande clube, o Vasco da Gama. O garoto se divide entre campo e quadra, transbordando talento e contando sempre com o apoio incondicional do pai, Dulcimar Lemos, que atua como técnico em segurança do trabalho.
Dulcimar foi jogador de futebol, chegando a atuar como zagueiro na base do Botafogo. Jogou em alguns clubes do Espírito Santo, como o Estrela do Norte, mas com a falta de apoio e investimento, acabou deixando a carreira. Apesar do sonho interrompido, Dulcimar Lemos seguiu na esperança de ter um sucessor nos gramados.
“Sempre tive o sonho de ser jogador de futebol, mas como não consegui seguir carreira, prometi que faria do meu filho um grande jogador, dando todo apoio necessário. Desde pequeno o colocava para assistir lances de Neymar, Messi e Ronaldinho. Quando ele tinha três anos, percebi que ele chutava tanto com o pé esquerdo quando com o direito e resolvi começar a investir na carreira dele”, explicou.
E investiu pesado. A piscina do quintal deu lugar a um “gramado”, com direito a trave e todos os acessórios necessários. Com os treinos intensos o resultado não poderia ser diferente: proposta de três clubes. Grêmio, Fluminense e Vasco. A família preferiu descartar a possibilidade de jogar no Grêmio por causa da distância. Rogério chegou a treinar duas vezes no Fluminense, mas foi em São Januário que o menino se sentiu em casa. A família se prepara para ir morar no Rio de Janeiro em 2016, e por enquanto, encara a rotina de freqüentes viagens.
“Comecei a colocar os vídeos do Rogério nas redes sociais, e recebemos proposta de três clubes. Vasco, Fluminense e Grêmio. Descartamos o Grêmio por causa da distância. Meu filho chegou a treinar no Fluminense, mas no Vasco que ele se sentiu melhor. Gostou do ambiente, foi bem recebido pelas pessoas e está tendo a oportunidade de crescer na carreira. Viajamos a cada quinze dias, mas é por uma boa causa”, disse Dulcimar.
Rogério, que chegou ao Vasco em janeiro, joga pelo Sub-7 e já tem apelido no clube. Chamado de fenômeno capixaba, o menino fez duas partidas oficiais pelo clube e soma o total de dois gols. Ao contrário do pai, que era zagueiro, Rogério prefere atuar como meia-atacante.
O capixaba embarca neste sábado (11) para o Rio de Janeiro, onde vai jogar contra o Madureira. Em maio, nos dias 03 e 19, o jogador joga contra o Bangu e o Fluminense. Todos os jogos pela primeira fase do Campeonato Carioca da categoria. Sobre o time do pequeno jogador? O pai garante que o filho não torce para time algum, mas sente a responsabidade “Nem eu nem o Rogério temos equipes preferidas. Quando eu jogava, torcia pela equipe que eu defendia. Com o Rogério está sendo a mesma coisa. Ele quer o bem da equipe que defende, e vai ser assim durante toda a carreira”.
Fonte: Folha Vitória
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