Conheça Latif Blessing, possível reforço do Vasco
Reforço improvável, Latif Blessing está próximo de fechar com o Vasco. O jogador ganês, do Los Angeles FC (EUA), tem uma trajetória pouco comum no futebol. A transferência para o Cruz-maltino, caso confirmada, reforçará a ideia de que, tanto ele quanto o clube carioca, não têm medo de arriscar.
Aos 23 anos, vislumbra na transferência para o futebol brasileiro a chance de se juntar à mulher, que tem tido dificuldades para conseguir o visto para entrar nos EUA. Ele chegou ao país em 2016, ainda aos 20 anos, contratado pelo Sporting Kansas City depois de ter algum destaque no Liberty Professionals, clube de sua terra natal.
Bastou uma temporada no Kansas para que despertasse a atenção do Los Angeles FC, que o contratou em 2018. Lá, virou referência, e já fez mais de 100 partidas pela equipe. Pesou para o prestígio o fato de ser treinado na equipe por Bob Bradley, um dos treinadores americanos de maior peso, comandante da seleção na Copa de 2010. Juntos, fizeram a melhor campanha da Conferência Oeste e geral da MLS em 2019. A equipe caiu posteriormente nos playoffs.
Pedro Breganholi, diretor do site brasileiro "Território MLS", especializado na liga americana de futebol, fez um resumo das características do jogador:
— Ele é aquele típico jogador africano. Veloz, voluntarioso, bom no um contra um e, além de tudo, versátil. É ponta de origem, mas também joga como meia central e como lateral-direito. Na lateral, apesar de fazer a função, marca muito mal, então é mais um tapa buraco mesmo. Mas desde que chegou aos Estados Unidos, se firmou como um dos grandes nomes da liga. Não aparece muito, não é tão midiático como outros jogadores, mas funciona muito bem.
Para ele, o nível de Blessing é alto o suficiente para dar conta do Campeonato Brasileiro.
— A MLS é hoje uma liga internacional. Os brasileiros ainda enxergam o futebol dos Estados Unidos como uma colônia de férias, liga de aposentados, mas isso ficou no passado. Na próxima Data Fifa, a MLS cederá 27 jogadores para suas seleções, a maioria para a América do Sul. Também é importante salientar que jogadores dos principais clubes argentinos e mexicanos, que antes vinham jogar aqui no Brasil, agora preferem ir para os Estados Unidos antes de migrar para a Europa. Barco, que era do Independiente, é um grande exemplo, assim como Reynoso, que recentemente trocou o Boca Juniors pelo Minnesota. Então, se o Blessing vier mesmo, a torcida do Vasco pode ficar despreocupada, pois terá um jogador de uma das ligas mais fortes da Américas na mão — afirmou.
Nesta temporada, Blessing é o setimo jogador com melhores notas dadas pelo site "Sofascore". Sua média, depois de 14 rodadas, é de 6,95. Apesar do destaque no futebol dos Estados Unidos, ele tem dificuldades para ser chamado para a seleção de Gana. Insatisfeito, já manifestou o desejo de se naturalizar americano e tentar a sorte na seleção do país.
Fonte: ExtraMais lidas
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