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Conheça a história de Marquinhos, responsável por barulho da torcida em SJ

Em tempos de pandemia e partidas sem público, os clubes brasileiros têm se virado como podem para dar uma atmosfera “de jogo” para os estádios durante o Campeonato Brasileiro. Com o Vasco não é diferente. O Cruz-Maltino tem “decorado” São Januário com bandeiras, faixas e trapos da torcida. Além disso, o clube também tem colocado músicas cantadas pelos torcedores no sistema de som da Colina.

E o responsável por essa sonorização do estádio é o Marcos Antônio Wergles. O torcedor do Vasco pode não o conhecer, mas quem frequenta São Januário com certeza já ouviu a sua voz. Isto porque, além de “dj” do estádio, Marquinhos do Som, como é conhecido, também é o locutor da Colina. Ele é funcionário da RSW Serviços, empresa parceia do Vasco há cerca de 15 anos e que faz o sonorização de todos os eventos do clube, sejam jogos de futebol, basquete, competições de remo, ou mesmo solenidades nas dependências do clube.

Antes da pandemia, no “velho normal”, o trabalho de Marquinhos era mais pontual, voltado para a locução e publicidade no sistema de som e placar de São Januário. Mas agora, no “novo normal”, com jogos sem público, ele também passou a ser responsável pela sonorização do estádio durante as partidas.

– Nesse período agora de pandemia o som tomou forma do 12º jogador, a apaixonado torcida do Clube de Regatas Vasco da Gama. A gente passa para o jogador um pouco daquela emoção que ele sentia ao ver todo aquele estádio lotado de torcedores – disse Marquinhos do Som em conversa com o Esporte News Mundo.

O trabalho de Marquinhos é feito em conjunto com o departamento de marketing do Vasco, que fez a seleção das músicas para serem tocadas durante os jogos.

– Foi feito todo um trabalho de busca de músicas cantadas pela torcida do Vasco nos dias de jogos em São Januário antes da pandemia. Trabalho realizado junto com o marketing do clube para criar toda essa atmosfera para os jogadores representando a torcida, os vascaínos apaixonados e frequentadores nos dias de jogos.

Mas, assim como o trabalho de um “dj”, a função de Marquinhos não é apenas dar “play” nas músicas no começo da partida e deixar o som rolar. Cada música tem o seu momento. E cada momento do jogo tem a sua música. Tem até uma música específica para quando o Vasco estiver atrás no placar, o que ainda não aconteceu na volta do futebol.

– Cada momento do jogo tem a sua temperatura. Tem as músicas que vão ao decorrer do jogo, tem as que vão na hora do gol do Vasco. Tem até música selecionado para o gol do adversário, em dois momentos diferentes: uma para quando o adversário empata uma partida ou até uma outra música para quando o adversário passar a frente. Se o adversário passar na frente no placar, a gente não deixa a moral do jogador do Vasco cair. Já entra “o Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor”. Cada momento tem a sua música, tem a sua tensão. E a gente ainda tem o volume para manter a temperatura do jogo – revelou Marquinhos.

VASCAÍNO DESDE A INFÂNCIA

A relação de Marquinhos com o Vasco não é só profissional. Vascaíno desde pequeno, ele frequenta São Januário há muito tempo. Nos anos 90 até fez parte de uma torcida organizada, que foi sua porta de entrada para começar a trabalhar com o Gigante da Colina.

– Tem sido muito gratificante o trabalho desde os anos 90, quando eu era membro da torcida Pequenos Vascaínos. Teve uma confraternização nas dependências do clube, e a administração teve a oportunidade de conhecer o meu trabalho. De lá pra cá foram diversos anos de parceria, no qual já tivemos grandes eventos juntos com o clube, passamos pelas dificuldades e pelas alegrias juntos com o clube. Essa parceria de tantos anos só me traz felicidade e um imenso prazer de trabalhar pelo próprio clube que eu sempre amei desde pequeno. Conheci o Vasco através do meu pai. Amo esse clube de coração – disse Marquinhos, que virou locutor um pouco por acaso há quase uma década.

– No começo a gente botava o som e tinha um locutor chamado Jaguaré. Depois veio o Sérgio Nogueira. Com o falecimento do Sérgio Nogueira, o administrador, que era o seu Murilo, solicitou que e fizesse a locução. Ele achava que eu falava bem e perguntou o que eu achava de fazer a locução junto com o trabalho de dj. Aí eu comecei a fazer os dois serviços – revelou Marquinhos.

Vascaíno a vida todo e parceiro do clube há cerca de 15 anos, o locutor se emociona a falar sobre a relação com o Vasco.

– Essa experiência para mim é uma coisa magnifica. Tive grandes oportunidades, abriu novos caminhos na comunicação esportiva. Desempenho as duas funções (locutor e “dj”) em São Januário há muitos anos. E faço com um carinho e afinco cada vez maior para essa imensa torcida bem feliz, que nos ouve de norte a sul desse país – finalizou Marquinhos.

Fonte: Esporte News Mundo