Conheça a história de Jonatas Paulista, jogador que atuou entre 2012 e 2016
Revelado pelo Vasco, Jonatas Paulista defende atualmente volante do Noroeste, que liderava a Série A3 do Campeonato Paulista até a paralisação do futebol.
Enquanto não pode voltar aos gramados, ele treina em casa e aproveita para se dedicar a outros negócios.
“Eu fiz alguns investimentos no mercado financeiro, estudo diariamente e aprendo algumas coisas. Minha esposa é contadora e estamos nos virando. Vejo artigos, livros e relatórios que as empresas divulgam”, disse, ao ESPN.com.br.
O jogador começou como meia na base do Corinthians – atuou ao lado do zagueiro Marquinhos – antes de ser dispensado, aos 12 anos. Pouco tempo depois, ele foi aprovado no Vasco, no qual virou volante.
“Eu cheguei a jogar alguns torneios pela seleção brasileira sub-15. Chegamos a jogar contra o Barcelona, o PSG - que tinha o Rabiot - e o Everton”, recordou.
O volante estreou nos profissionais do Vasco com apenas 17 anos, em 2002. Alguns jogadores foram poupados e os garotos da base foram chamados para o jogo contra o Olaria, pelo Carioca.
“O Felipe falou: ‘Garoto, fica tranquilo e só desarma e entrega no meu pé. Eu me viro, se der algum problema comigo, beleza. Mas se for contigo, já sabe como é: não volta mais’. Eu acho que fui bem e nós vencemos por 3 a 1”, contou.
“Eu morei na arquibancada e via os caras nos jogos. Depois, eles viraram meus colegas de time, foi algo muito especial. Realizei um sonho”, afirmou.
Jonatas achou que iria permanecer no time de cima, mas duas semanas depois ele voltou à equipe sub-17.
“Foi um baque, mas é algo natural. Fiquei na base depois fazendo transição ao profissional até os 20 anos, mas não me firmei”.
Sem espaço na equipe que foi campeã carioca, ele foi emprestado ao Boa Esporte-MG, no qual conseguiu uma sequencia de jogos no fim da Série B do Brasileiro. No ano seguinte, ele foi cedido ao Boavista, mas sofreu uma lesão no joelho.
“Me recuperei no Vasco e o meu contrato, que venceu no meio de 2016, não foi renovado. O Eurico Miranda me pagou tudo certinho”, garantiu.
“Eu já estava casado e minha esposa é contadora, que ficava no meu pé para não gastar e saber investir. Pude me manter tranquilo nos cinco meses parado, quando treinei por conta própria com meu irmão mais novo. Não me deixei abater”, recordou.
No fim do ano, ele se transferiu para o Noroeste para jogar o Paulistão da Série A 3 de 2017.
Após o Estadual, ele foi indicado pelo ex-zagueiro Emerson – então diretor do Norusca - para a Portuguesa.
“Eu optei por voltar para São Paulo e fiz contrato de dois anos, algo que não é comum. Eu conheci o Pedro Gutiérrez, que virou meu empresário e me ajudou a abrir a minha mente”.
No fim do ano passado, o volante deixar a Lusa depois de conversar com o técnico Luís Carlos Martins.
“Ele estava com um projeto muito bom no Noroeste para subir de divisão. Na época, muitas pessoas da minha família falavam que eu estava louco em deixar a Série A2, para ir para a A3 e regredindo. Mas meu coração dizia que era bom e fui”, afirmou.
Até o Estadual ser paralisado por causa da pandemia de coronavírus, a equipe de Bauru liderava a competição.
“O time estava muito encaixado e a diretoria pagava os salários em dia, estrutura boa. Quando as coisas estão organizadas fora do campo, os resultados são consequência”, elogiou.
Titular abolsuto, ele jogou todos os minutos da competição até aqui e tem uma média de cinco desarmes por partida.
“Eu amadureci muito nos últimos anos porque conheci o futebol de verdade em clubes com menor estrutura. Ainda tenho o sonho em jogar e ter sequência em time grande e uma Série A do Campeonato Brasileiro”.
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