Confusão e bom futebol
Sábias foram as palavras de Romário: \"Hoje, a corte toda está feliz, o rei, o príncipe e o bobo.\" Em 2000, ele se referia ao problema pessoal com Edmundo, mas agora elas se encaixariam perfeitamente no circo que se armou antes do jogo. O reinado continua nas mãos de Eurico Miranda, o príncipe passou a ser Renato Gaúcho e o bobo, o torcedor, que até a última hora foi surpreendido pelas atitudes dos protagonistas do jogo. Vasco e Fluminense empataram em 1 a 1. Nem todo mundo ficou feliz desta vez.
Depois de toda a celeuma para se saber onde seria o clássico de ontem a escalação do Vasco foi anunciada com apenas três titulares - Cássio, Fábio Braz e Ramon - e Eurico decretou luto oficial de três dias pela decisão da Justiça de tirar o jogo de São Januário. Faltaram bolas, que deveriam ser levadas pelo mandante, mas foram emprestadas pelo Fluminense e a Federação do Rio.
No meio de tudo isso, o árbitro Wilson de Souza Mendonça resolveu impedir Romeu, do Fluminense, de entrar em campo com uma máscara protetora, já utilizada por Marcão, Tuta e até Petkovic, nos tempos em que defendia o Vasco.
Mas o clássico também teve futebol. Certamente, não o mais refinado, mas de emoção pura. Primeiro, com bela exibição de Abedi, coroada com um golaço, após grande jogada de Ramon, que colocou o Vasco em vantagem. Depois, com uma pressão sufocante do Fluminense em busca do empate. Petkovic e Marcelo acertaram o travessão.
Xodó da torcida por suas últimas exibições e os gols na vitória do Fluminense sobre o Cruzeiro, Lenny só apareceu numa boa jogada, em que Alberoni quase marcou gol contra.
A máscara continuou de fora no segundo tempo e o Fluminense resolveu mostrar que era mais time, não só no papel. Tanto pressionou que Tuta empatou o jogo, depois de boa jogada de Arouca.
No fim, o Maracanã foi o melhor palco para mais um capítulo de um clássico carioca. Desta vez, sem vencedores, mas com o Fluminense entre os três primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, com sete pontos.
- SuperVasco